Com apoio do Governo do Pará, Feira do Artesanato do Círio deve atrair mais de 50 mil visitantes
A 13ª edição da FAC estima R$ 3,2 milhões em negócios para empreendedores da economia criativa paraense em sete dias de programação
Por Governo do Pará (SECOM)
09/10/2025 12h15
Governador, a vice-governadora Hana Ghassan e autoridades na abertura da Feira de Artesanato do Círio 2025
Com o conceito “Arte que preserva, cultura que inspira”, a 13ª edição da Feira de Artesanato do Círio (FAC) foi aberta oficialmente, nesta quinta-feira (9), no Parque Urbano Belém Porto Futuro, em cerimônia com a presença do governador Helder Barbalho; da vice-governadora Hana Ghassan; acompanhados de diversas autoridades públicas. Promovida pelo Sebrae Pará, com apoio do Governo do Pará, a feira em sintonia com os preparativos para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém, reafirma o compromisso do Estado com o fortalecimento da economia criativa, a valorização da cultura paraense e a sustentabilidade ambiental.
FFeira de Artesanato do Círio 2025 reúne 210 empreendedores e promete superar todas as edições anteriores
Durante o discurso de abertura, o governador destacou que a FAC é uma das expressões mais genuínas da força cultural e empreendedora do povo paraense. Ele ressaltou que o apoio do Governo do Estado garante oportunidades concretas aos artesãos, povos originários e pequenos produtores, que transformam a identidade amazônica em arte e geração de renda.
“A economia do nosso Estado depende fortemente dos empreendedores individuais, dos micro e pequenos empresários que acreditam na própria capacidade de produzir. São eles a potência e o alicerce da economia paraense e brasileira", ressaltou o governador.
Helder Barbalho complementou: "Muitas vezes olhamos o PIB do Brasil e do Pará e não compreendemos que aquilo que realmente inclui a sociedade são os pequenos empreendimentos, que transformam talento artístico em produção. Que possamos, neste ambiente, mostrar a qualidade do que produzimos, divulgar nossas marcas e produtos e dar oportunidade para que essas pessoas se posicionem no mercado e viabilizem suas atividades econômicas”.
Com previsão de atrair mais de 50 mil visitantes e movimentar cerca de R$ 3,2 milhões em negócios, a FAC 2025 reúne 210 empreendedores em uma área de mais de 4 mil metros quadrados e promete superar todas as edições anteriores. Desses, 159 são artesãos que trabalham com tipologias tradicionais, como miriti, balata, cerâmica, sementes, fibras trançadas, cuias, madeira e crochê, além de peças inspiradas na festividade do Círio de Nazaré. A expectativa é de que sejam comercializadas mais de 65 mil peças até o encerramento, no dia 15 de outubro.
Ações educativas em evento sustentável
A sustentabilidade é um dos pilares desta edição. O conceito da feira está refletido na estrutura física do evento, em ações educativas e na produção dos expositores, que utilizam matérias-primas locais e processos de reaproveitamento. Um destaque é o Sebrae Recicla, iniciativa que promove a coleta seletiva e o manejo adequado dos resíduos gerados na feira, com o trabalho de cooperativas atendidas pelo programa Pró-Catadores, reforçando a importância da economia circular e do consumo consciente como parte do desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Feira inclusiva
A programação também inclui o espaço Mundo Amazônia, que reúne trabalhos de povos indígenas das etnias Kayapó, Ticuna, Assurini, Xicrin, Xipaya, Parakanã, Arara, Galibi-Marworno e indígenas venezuelanos Warao, além de produtos de comunidades quilombolas de Salvaterra, Acará e Baião. Esse espaço traduz, na prática, a diversidade cultural do Pará e sua contribuição para a preservação do conhecimento tradicional.
Outro ambiente inédito nesta edição é o Espaço de Empreendedorismo Inclusivo, voltado a mães de pessoas com deficiência ou neurodivergentes, que encontram na feira oportunidades de comercializar seus produtos e ampliar sua rede de apoio e renda.
O diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno, destacou o caráter histórico e inclusivo do evento, que conecta empreendedores locais com o mercado e com o público, fortalecendo a identidade amazônica e ampliando oportunidades.
“Essa é uma feira histórica, a 13ª edição da FAC, que complementa muito a nossa fé. Nessa edição, temos cerca de 250 empreendedores e estamos batendo o recorde dos recordes: são quase 5 mil metros de feira, com previsão de faturamento de cerca de R$ 3,2 milhões. O mais interessante é que estamos promovendo um processo completamente inclusivo: além dos empreendedores de artesanato e gastronomia, temos indígenas, quilombolas de diferentes estados, pais e mães de pessoas com deficiência, todos participando. E pensando na Amazônia e na sustentabilidade, incluímos catadores de produtos recicláveis, garantindo que todo o material coletado seja ressignificado”, afirmou.
Aberta ao público até o dia 15 de outubro, no estacionamento do Parque Urbano Belém Porto Futuro, a FAC 2025 funciona das 10h às 22h (com exceção do domingo do Círio (12), quando o horário será das 15h às 22h) e tem entrada gratuita. Integrada de forma definitiva ao calendário cultural e econômico da capital paraense, a feira se consolidou como parte da tradição do período nazareno, unindo fé, criatividade e desenvolvimento regional.
Durante toda a programação, o público poderá acompanhar apresentações musicais gratuitas com artistas paraenses de diversos estilos, que dão o tom festivo e popular à celebração. Após o encerramento da feira, o espaço será remodelado para abrigar a área de empreendedorismo da COP 30.
Sobre a FAC- Realizada desde 2012 no formato atual, a Feira de Artesanato do Círio é resultado da união de duas iniciativas anteriores: a Feira do Miriti, originária de Abaetetuba, e a antiga Feira do Círio, que reunia artesãos de diferentes regiões do Pará.
O evento conta com o apoio do Governo do Pará, por meio das secretarias de Cultura (Secult), Povos Indígenas (SEPI), Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e Saúde (Sespa), além da Polícia Militar, Prefeitura de Belém e Universidade Federal do Pará.