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Floresta em pé e desenvolvimento sustentável são compromissos do Governo do Pará

Neste 21 de setembro, o Estado reforça ações integradas de proteção ambiental, restauração florestal e incentivo ao uso responsável dos recursos naturais

Por Governo do Pará (SECOM)
21/09/2025 08h45

No Pará, onde a floresta é parte da identidade do povo, o Dia da Árvore, celebrado neste 21 de setembro, é mais do que uma data simbólica: é um convite à reflexão e ao compromisso com a preservação da natureza e o futuro das próximas gerações. O governo do Estado tem reforçado esse compromisso com a floresta em pé, por meio do trabalho de diferentes órgãos, que, juntos, atuam para garantir que as árvores, as florestas e todo o meio ambiente sejam protegidos, usados com responsabilidade e, onde for necessário, recuperados. Seja por meio da criação de unidades de conservação, do incentivo ao reflorestamento, da orientação aos agricultores ou da educação ambiental, o Pará mostra que é possível aliar desenvolvimento e preservação.

Floresta em pé, povo com dignidade
O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará, o Ideflor-Bio, é o órgão que cuida diretamente das áreas de conservação estaduais, como parques, reservas e florestas públicas. No total, são 29 unidades de conservação, com uma área protegida de mais de 210 mil quilômetros quadrados. Para se ter uma ideia, é uma área maior que o Paraná, ou duas vezes o Estado de Pernambuco. 

O Ideflor atua com três grandes objetivos: preservar, conservar e restaurar. Isso significa que existem áreas onde a floresta é mantida totalmente intacta e, em outras, é possível utilizar os recursos naturais com cuidado e planejamento. Há também os locais onde a floresta precisa ser replantada, porque foi degradada no passado.

"Nós trabalhamos para que a floresta continue sendo fonte de vida, renda e dignidade. Mantemos a floresta em pé, restauramos áreas degradadas e incentivamos o plantio com apoio das comunidades e empresas. Ajudamos populações a viver da floresta com sustentabilidade, coletando castanha, cumaru, sementes, frutos e utilizando o manejo florestal, que gera renda e conserva o ambiente. A floresta não é apenas um santuário, mas um instrumento essencial para o bem-estar de milhões que dela dependem”, explica Nilson Pinto, presidente do Ideflor-Bio.

E onde a floresta já foi desmatada, o trabalho é de recuperação. Em regiões como a bragantina, por exemplo, os técnicos do Ideflor atuam junto com os moradores locais para implantar sistemas agroflorestais, que misturam cultivo de alimentos com o plantio de árvores nativas. Assim, a floresta volta a crescer e a comunidade garante sua subsistência com mais qualidade.

Educar para preservar
Além do trabalho técnico, o Ideflor-Bio investe fortemente em ações de educação ambiental, promovidas em escolas, comunidades e unidades de conservação, como os parques estaduais. No Parque Estadual do Utinga, em Belém, crianças e adultos têm a oportunidade de aprender, na prática, sobre o papel fundamental da floresta em nossas vidas, desde a purificação do ar até a regulação da temperatura e a proteção dos rios e nascentes.

Esses espaços funcionam como verdadeiras pontes entre a natureza e a sociedade. São áreas que oferecem lazer, conhecimento e sensibilização ambiental, ao mesmo tempo. “Nós consideramos essas áreas nobres, porque permitem uma conscientização mais profunda da população. Cada criança que entra no Parque do Utinga, por exemplo, é um adepto que nós ganhamos para a causa da sustentabilidade”, afirma Nilson Pinto. 

Tecnologia para proteger a floresta
A Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas) é responsável pelo monitoramento da cobertura florestal do Estado e pelas ações de combate ao desmatamento ilegal. Segundo os dados do Programa de Monitoramento do Desmatamento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Pará apresentou redução de 21% nas taxas de desmatamento em 2022 e 2023, seguida de uma queda ainda mais expressiva, de 27%, em 2024. Esses resultados evidenciam o avanço consistente no controle da supressão florestal, consolidando o compromisso do Estado em alinhar suas políticas públicas aos esforços nacionais e internacionais de mitigação das mudanças climáticas.

"No Dia da Árvore, reforçamos o compromisso do Pará em proteger, conservar e recuperar nossas florestas, reconhecendo nelas um papel essencial no enfrentamento às mudanças climáticas. Os resultados mostram que fiscalização, políticas públicas consistentes e o envolvimento da sociedade são eficazes, fruto do monitoramento contínuo, da presença em campo e do uso de tecnologia”, afirma o secretário da Semas, Raul Protázio Romão.

Entre as ações inovadoras, ele destaca a Unidade de Recuperação de Triunfo do Xingu, a primeira da Amazônia voltada à restauração com créditos de carbono. Esse modelo valoriza quem preserva e atrai novos investimentos. Outro avanço é o Sistema Jurisdicional de REDD+, que transforma a conservação da floresta em benefícios reais para as comunidades tradicionais, fortalecendo o desenvolvimento sustentável no Pará.

A floresta como aliada do produtor rural
A Emater-Pará, por sua vez, atua na ponta, ao lado de quem vive da terra: o agricultor familiar. Por meio de assistência técnica, a Emater orienta os produtores sobre como produzir com sustentabilidade, mantendo áreas de floresta em pé e recuperando o que já foi degradado.

“A gente mostra que dá para plantar, colher e preservar ao mesmo tempo. Com o Cadastro Ambiental Rural (CAR), fazemos o mapeamento das áreas e ajudamos o agricultor a cumprir a legislação, manter sua reserva legal e até ganhar com isso”, explica a engenheira ambiental Camila Salim, da Emater.

Ela destaca também o projeto “Bora Plantar”, realizado durante a Semana do Meio Ambiente, no qual todos os 144 municípios do Pará plantam, simbolicamente, pelo menos uma árvore. Além disso, programas como o PSA (Pagamento por Serviços Ambientais) oferecem recursos financeiros a agricultores que mantêm a floresta intacta e ajudam a restaurar o meio ambiente.

Histórias que inspiram
Na prática, essas ações mudam vidas. É o caso da agricultora Gerlany de Fátima Trindade de Oliveira, da comunidade Chico Mendes, em Mosqueiro, Belém. Ela produz frutas, hortaliças, galinhas e peixes de forma totalmente sustentável.

Com o apoio da Emater, substituiu as queimadas e o desmatamento por adubação natural, feita com folhas e resíduos orgânicos. “Antes, a gente derrubava para plantar. Hoje, sei que posso produzir muito mais sem destruir. A floresta ajuda, a terra agradece e a gente vive melhor”, conta Gerlany.Texto de Tamiris Amorim