Estado realiza ação de combate ao capacitismo para alunos da rede estadual de ensino
A palestra reuniu a comunidade escolar, com quem foram discutidas situações cotidianas, destacando como expressões comuns podem ser preconceituosas e de que forma devem ser combatidas no dia a dia.

O governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), iniciou uma campanha de combate ao capacitismo, em escolas da rede estadual de ensino. Gerenciada pela Seaster, a iniciativa é coordenada pelo Centro Integrado de Inclusão e Cidadania (Ciic), e a primeira ação ocorreu na Escola Dom Pedro II, localizada no bairro do Marco, em Belém.
A atividade reuniu a comunidade escolar e abordou situações cotidianas. As palestrantes destacaram como expressões comuns podem ser preconceituosas e de que forma devem ser combatidas no dia a dia.
Segundo a pedagoga Suzana Santos, responsável pela palestra, o foco principal da campanha é sensibilizar os estudantes e esclarecer que determinados comportamentos podem impactar negativamente a vida das pessoas com algum tipo de deficiência.
“Nosso objetivo com essa palestra é conscientizar a comunidade escolar em relação ao capacitismo. É um tema muito presente e que passa despercebido em falas capacitistas, bastante normalizadas em nossa sociedade. Viemos reforçar a importância da inclusão em todos os espaços sociais, para combater o bullying e o preconceito contra as pessoas que possuem alguma deficiência”, destacou Suzana Santos.
A Escola Dom Pedro II conta com uma sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE) para alunos com deficiência. No entanto, muitos estudantes evitam frequentá-la devido ao preconceito e ao constrangimento de serem vistos no espaço.

O professor Gabriel Gaby ressaltou a relevância da ação no combate ao preconceito no ambiente escolar.
“Primeiramente, agradecemos a parceria e ao Ciic, pois nós, assim como todas as escolas, enfrentamos situações relacionadas a esse tipo de preconceito. Muitas vezes, o aluno, por falta de esclarecimento, traz de casa esse vocabulário ofensivo e pejorativo. Por isso, é fundamental que recebam instruções adequadas, que mostrem que os alunos com deficiência possuem sim capacidade para as atividades. Alguns têm vergonha de frequentar a sala do AEE por medo de represálias. Acredito que essa palestra será benéfica para todos”, afirmou o professor.
"Gostei da palestra, pois pude aprender coisas que eu não tinha noção antes. Tem palavras e brincadeiras que a gente usa sem pensar e que podem ser sim ofensivas. Quero levar isso também para a minha família e amigos, para que a gente passe a respeitar mais todos ao nosso redor”, disse a aluna Carla Santana.
Serviços ofertados
O Governo do Pará, por meio da Seaster, gerencia o Ciic, unidade de referência na promoção de políticas públicas integradas voltadas às pessoas com deficiência. O espaço oferta diversos serviços gratuitos, como a Central de Interpretação de Libras do Pará (Cilpa), que atende pessoas surdas da capital e do interior do Estado, além de um posto do Sistema Nacional de Emprego (Sine) e serviços nas áreas de saúde e apoio psicossocial, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa).
O Ciic está localizado na avenida Almirante Barroso, nº 1765, entre as travessas Angustura e Barão do Triunfo, no bairro do Marco, em Belém.
*Colaboração de Matheus Gomes - Ascom/Seaster