Acessório que virou 'tendência' pelo mundo, 'Pato literário' chega a 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes
Sucesso entre crianças, jovens e adultos, o acessório dominou a cena em diversos eventos literários e culturais pelo mundo

Quem já visitou a 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes sabe que, para onde se olha, há dezenas de pessoas usando um patinho amarelo no cabelo, na roupa ou nas bolsas. Os bichinhos viraram uma "febre". Conhecido como “pato literário”, o acessório rapidamente ganhou popularidade e tem tido sucesso de vendas.
A verdade é que ninguém sabe exatamente como surgiu a moda e o que ela representa. A onda começou em eventos no exterior, chegou no Brasil pelo sucesso nas redes sociais, em especial no tiktok e já esteve em eventos como CCXP e Campus Party.

A estudante Sâmia Paula, de 22 anos, também entrou na brincadeira. “Fui vendo que todo mundo estava usando, eu falei: ‘É, acho que eu vou usar porque tá bonitinho’.
“Eu vim com a minha tia e com meu primo que tá procurando um livro, e vi bastante gente usando e pensei, vou entrar nessa onda também, vou colocar um patinho na cabeça. A gente achou fofo, gostou e comprou”, diz Valéria Cunha.

Mesmo não sabendo bem o que significa o pato, o objeto desperta o sentimento de pertencimento e pode ser guardado como lembrança desse momento especial e afetivo, que a Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes representa para os paraenses.
“Nós participamos de várias feiras em outros estados, viemos agora da Bienal do livro do Rio de Janeiro e lá a gente viu que tinha o pato literário e resolvemos trazer também para o nosso estado. Todo mundo gostou, inclusive os adolescentes, os professores, deu certo”, conta Denise Oliveira, expositora no estande Space Book, You Go.

“Todo mundo que vê alguém com um pato na cabeça quer também, aí a gente fala ‘É o pato literário e é o mascote da feira agora’. Muita gente chegou aqui com curiosidade, querem saber por que esse pato e explicamos que é o pato literário e que ele chegou para ficar”, conclui Denise, feliz com o sucesso de vendas.
A 28ª edição da feira conta com 189 estandes de livros, são 32 editoras, 40 livrarias e 48 distribuidoras — 70 delas do Pará. Ao todo são 90 mil títulos disponíveis. A estimativa é que até o fim do evento sejam movimentados cerca de R$ 12 milhões em negócios e vendas.
São mais de 2 mil empregos diretos e indiretos durante o período de montagem, realização e desmontagem. A área total da feira é de 10 mil metros quadrados, 100% climatizada, ocupando o Hangar 1 (Pavilhão de Eventos) e o Hangar 2 (Salão B e Praça de Alimentação).

Além dos estandes de livros, o Ponto do Autor, o Beco do Artista e a Feira Criativa, também são espaços de comercialização, especialmente voltados à valorização da produção cultural e literária.
A feira vai até o dia 22 de agosto, sexta-feira, com entrada gratuita e horário de funcionamento das 9h às 22h, com acesso até 21h. Confira a programação completa aqui.
Texto: Juliana Amaral, Ascom Secult