Hospital da Mulher do Pará realiza primeira nefrectomia por vídeo
Procedimento com uso de tecnologia minimamente invasiva reduz risco de complicações e o tempo de recuperação da paciente, diagnosticada com cálculos renais
O Hospital da Mulher do Pará (HMPA), em Belém, registra mais um importante avanço na área de urologia ao realizar a primeira nefrectomia videolaparoscópica, na última sexta-feira (18). O procedimento contemplou uma paciente do município de Portel, município do Arquipélago do Marajó, ampliando a oferta de tratamentos minimamente invasivos para mulheres no Estado.

A cirurgia de retirada do rim foi conduzida pela equipe de urologia, coordenada pelo médico Cleybismar Begot, que destacou a complexidade do caso. “Operamos uma paciente com histórico de cálculos renais há mais de um ano, que levaram à perda funcional de um dos rins e episódios recorrentes de infecção urinária, além de dores intensas. A nefrectomia era a solução necessária para restabelecer a qualidade de vida dela”, explicou o urologista.
Diferentemente da cirurgia convencional (aberta), na qual é necessária uma grande incisão para remover o rim, a nefrectomia laparoscópica utiliza câmeras de alta resolução e instrumentos cirúrgicos inseridos por pequenas "portas" no abdômen. Essa técnica garante recuperação mais rápida, menor sangramento e risco reduzido de complicações.
Segundo o médico Cleybismar Begot, os benefícios da abordagem videolaparoscópica são expressivos. “Enquanto a cirurgia aberta exige, em média, até 60 dias para que o paciente retome a rotina, a laparoscópica reduz esse tempo para 15 a 30 dias. Também temos menos necessidade de transfusões de sangue, menor tempo de internação e menor risco de infecções, como pneumonia ou infecção urinária, comuns em internações prolongadas”, ressaltou o especialista.
A equipe médica reforça que o avanço tecnológico não se limita à técnica cirúrgica, mas também à estrutura de protocolos e preparo dos profissionais. “Esse é um tipo de cirurgia consolidada no Brasil, mas é a primeira vez que realizamos aqui no Hospital da Mulher, uma unidade recentemente inaugurada, com toda a segurança necessária. Além dos equipamentos e materiais modernos, investimos no padrão de excelência com protocolos prontos, as rotinas. Isso torna o procedimento mais seguro, para que possa ser ofertado ao maior número de pacientes e garantir o melhor trabalho da equipe de cirurgia”, complementou o urologista.
Cálculo renal - O quadro clínico da paciente operada é um aleta sobre formação de cálculos renais, condição dolorosa e potencialmente grave. A doença pode atingir qualquer faixa etária, e em mulheres as infecções urinárias frequentes contribuem para a formação de cálculos mais complexos e de difícil tratamento.

“Nosso Serviço de uUrologia está preparado para atender desde casos de cálculo renal e ureteral até doenças obstrutivas do rim. Com a nefrectomia videolaparoscópica, ampliamos nosso leque de tratamentos com tecnologia de ponta, beneficiando diretamente a saúde das mulheres”, frisou Cleybismar Begot.
Com este primeiro procedimento, o HMPA reforça seu papel de referência na região Norte no atendimento integral à saúde da mulher, garantindo acesso a cirurgias menos invasivas e resultados clínicos mais eficazes.
Serviço: Para ser atendida no Hospital da Mulher, a paciente deve primeiro buscar atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou outra unidade de saúde no município onde reside ou região mais próxima. Também pode conseguir encaminhamento médico em uma Usina da Paz. O Hospital da Mulher do Pará fica na Avenida Gentil Bittencourt, n° 2175, Bairro de São Brás.