Estado apresenta Plano 'Pará Sem Fogo' em painel sobre investimentos na Amazônia
Lançada em junho deste ano, por decreto estadual, a iniciativa é uma resposta estruturante aos focos de calor no território paraense
Durante a Semana do Clima da Amazônia, realizada em Belém, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas) destacou os avanços da política estadual no enfrentamento aos incêndios florestais no Pará. A apresentação foi feita no painel “Impacto do fogo no cenário de investimentos na Amazônia”, na quinta-feira (17), dentro da programação da atividade autogestionada “Clima, Território e Governança: condições pré-competitivas para a Amazônia”.
A secretária-adjunta de Gestão de Águas e Clima da Semas, Renata Nobre, compôs a mesa ao lado de Ane Alencar, diretora de Ciências do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), e Andreia Azevedo, vice-presidente da Emergent no Brasil.

Resposta estruturante - Renata Nobre apresentou o Programa “Pará Sem Fogo”, lançado em junho de 2025 via decreto estadual. A iniciativa foi concebida como uma resposta estruturante aos focos de calor. “A política ambiental do Pará está sendo reestruturada para responder aos desafios climáticos com ações integradas de prevenção, monitoramento e combate ao fogo, protegendo comunidades, e também os investimentos sustentáveis”, afirmou a secretária-adjunta.
O Plano é resultado de uma articulação entre a Semas e o Corpo de Bombeiros Militar, com base em quatro eixos: monitoramento em tempo real, prevenção com base em ciência, resposta rápida coordenada e capacitação de brigadas locais.
O Estado já mapeou 22 zonas de risco médio a alto de incêndios, e conta com um centro de monitoramento que observa, simultaneamente, o desmatamento mecânico e os pontos críticos para ocorrência de queimadas, utilizando tecnologia de satélite e dados climáticos.

Integração - Renata Nobre também destacou que as ações do Pará estão integradas à política estadual de REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação), que ajudam a fortalecer as políticas públicas e garantem sustentabilidade econômica às ações de conservação.
Ela ressaltou ainda o papel institucional regional no enfrentamento ao fogo, ao investir em capacitação contínua de técnicos e fortalecimento de estruturas locais; atuação integrada de setores da própria Semas, com uso de planejamento territorial e ambiental; apoio direto às comunidades locais, promovendo gestão de recursos naturais e estratégias de adaptação a eventos extremos, como longos períodos de seca, e fortalecimento de brigadas comunitárias em áreas críticas.