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Agricultores se preparam para acessar incentivo financeiro por preservar natureza 

Emater dá assistência técnica rural para 120 famílias, em Monte Alegre, aderirem ao Pagamento por Serviços Ambientais, estratégia do 'Floresta + Amazônia'

Por Ascom (Governo do Pará)
13/07/2025 19h50

Com o apoio do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Monte Alegre, no Baixo Amazonas, 120 famílias rurais estão se preparando para aderir ao Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), estratégia constante do Floresta + Amazônia. 

O Floresta + Amazônia é uma parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Governo do Pará que visa a compensar financeiramente agricultores que preservem a natureza e recuperem ecossistemas, de preferência ambas as iniciativas, dentro de suas posses e propriedades.  A previsão é que cada família receba, por ano e por hectare, até R$ 2 mil e 695 reais. 

Emater, Prefeitura e Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) se reuniram com famílias interessadas, no município, nos dias 7 e 8 de julho, a fim de habilitação no Programa. 

No atendimento no Centro de Eventos da Assembléia de Deus, na Comunidade do Limão, e no auditório da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), a Emater orientou mandiocultores, plantadores de milho e pequenos pecuaristas sobre políticas públicas, emitiu cadastros nacionais da agricultura familiar (cafs) e encaminhou retificação e validação de cadastros ambientais rurais (cars).

“O trabalho regular da Emater já incorpora manejo sustentável, conservação das florestas, boas práticas. Na perspectiva do PSA, intensificamos a introdução de alternativas como sistemas agroflorestais [safs], com cacau e banana, e elaboração de Pradas [Projetos de Recuperação de Áreas Degradadas e Alteradas]. Já estamos fazendo um Prada na comunidade Terra Preta, com escaneamento da propriedade, estudo de impacto ambiental etc.”, afirma o chefe do escritório local da Emater em Monte Alegre,o técnico em agropecuária Francisco Carlos Lima, graduado em Gestão Pública.

PSA 

Relatórios internos da Emater mostram que, até junho de 2025, o órgão estadual inscreveu no PSA, em caráter preliminar, mais de duas mil famílias de nove municípios paraenses. O trabalho atende o cumprimento de metas do Termo de Execução Descentralizada, celebrado com a Semas no âmbito do projeto Valoriza Territórios Sustentáveis (Valoriza TS). 

A coordenadora técnica da Emater, a veterinária Cristiane Corrêa, mestra em Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural Sustentável, explica que a assistência técnica e extensão rural oficiais, em nome do Governo do Estado, são fundamentais no PSA.

“A ater [assistência técnica e extensão rural] pública é uma ferramenta eficaz e sustentável do próprio mecanismo do PSA, até pela conscientização e mobilização dos agricultores familiares e comunidades e povos tradicionais, no sentido de que compreendam e sejam incluídos: recebendo a informação do que é, de como funciona, quais os benefícios. As equipes extensionistas também estão lá, em presença física e atuando como ponte recíproca de conhecimentos, com resultado de difusão tecnológica, serviços ecossistêmicos, práticas sustentáveis, recuperação de áreas degradadas e alteradas”, ilustra Cristiane Corrêa.  

A veterinária destaca, ainda, o incentivo à produção de alimentos: “Nossa diretriz sempre repercute em segurança alimentar e nutricional, melhoria de qualidade de vida, respeito às tradições e garantia de cidadania e dignidade”, pontua. 

Texto de Aline Miranda