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Obras de macrodrenagem melhoram a rotina de milhares de habitantes de Belém

Transformação urbana devolve dignidade às comunidades e fortalece o comércio local. Resultado reflete as ações do maior programa de macrodrenagem da história da capital paraense.

Por Denise Soares (SECOM)
09/08/2025 14h00
Canais saneados e urbanizados transformam o cenário da Belém que, com mais de 400 anos, se ergue para um futuro promissor

A dona de casa Keila Silva, moradora da Travessa Vileta, no bairro do Marco, em Belém, resume o impacto das obras de macrodrenagem para quem vive na comunidade: “Sempre fomos muito prejudicados pelos alagamentos. Era comum perder vendas e ver a vizinhança ilhada”. Hoje, o cenário é outro. “O carteiro entrega normalmente, dá para receber encomenda, tá tudo normal. Até a saúde da gente melhorou, tá mil por cento”, comemora.

Keyla Silva

As melhorias relatadas por Keila refletem o avanço de obras estruturantes conduzidas pelo Governo do Pará e que são legados da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). A requalificação do Canal da Vileta é uma das ações que integram esse legado do evento, marcado para novembro, em Belém. As intervenções integram ações inéditas, na capital, que ganharam novo fôlego com a realização da Conferência.

“O Governo do Pará está intensificando os serviços no maior programa de macrodrenagem da história de Belém. E a realização da COP30 na nossa capital ajudou a captar os recursos que já estão mudando o dia a dia da população. São ações em mais de 11 quilômetros de canais, que envolvem infraestrutura e mobilidade urbana, proporcionando novas redes de esgoto, drenagem e abastecimento de água, garantindo dignidade às pessoas”, destaca Gilmar Mota, secretário-adjunto de Obras Públicas.

Infraestrutura e segurança - O canal da Vileta está inserido na área de abrangência da Bacia do Tucunduba. A obra contemplou a retificação de mais de 400 metros do canal, implantação de redes de água, esgotamento sanitário, drenagem pluvial, pavimentação de vias, construção de ponte e passarelas, além do aterramento de quintais.

Maria Costa

Para quem viveu décadas lidando com os transtornos da água invadindo casas, como a aposentada Maria Costa, as transformações são sentidas até na hora do descanso. “Antes, quando chovia, a gente nem dormia. Agora pode chover de noite que a gente dorme tranquilo.” Ela relembra que a água chegava a quase um metro dentro de casa. “Perdi geladeira, fogão, freezer… Mas agora tudo melhorou, até a saúde”, reforça.

O impacto positivo das obras vai além da melhoria na qualidade de vida e também se reflete no comércio da região. Proprietário de uma padaria no cruzamento da Vileta com a passagem Hortinha, Manoel Valente celebra o fim dos dias difíceis. “Era clássico chover e alagar tudo, mesmo sem muita chuva. Já perdi dias de vendas, porque não tinha como trabalhar. Agora, com esse serviço, ficou ótimo. Trabalho tranquilo”, relata.

Prevenção de alagamentos - As melhorias nos canais da Vileta e Leal Martins se somam a outras 15 intervenções realizadas desde 2019. Isto quer dizer que são, no total, 17 canais requalificados – 13 deles vinculados diretamente ao projeto de legado da COP30.

Nos bairros do Marco, as obras também alcançam os canais União e Timbó, compondo uma estratégia mais ampla de prevenção de alagamentos e adaptação às mudanças climáticas. O programa se estende ainda às bacias do Murutucu, Tamandaré e Una, com impacto na vida de mais de meio milhão de pessoas em Belém.

O que para muitos era apenas um sonho, hoje é realidade. E, como resume Keila Silva, no mercadinho da família: “Está maravilhoso. Só falta o povo fazer sua parte com o lixo. Porque o resto, o governo fez”.