Evento de Estomaterapia tem a participação de especialistas da Santa Casa
A estomaterapia é uma área especializada da enfermagem que se dedica ao cuidado de pessoas com estomas, feridas e outras condições dermatológicas

O Centro de Convenções da Universidade Federal do Pará recebe o evento que reúne especialistas de várias partes do Brasil, na área de cuidados. A Associação Brasileira de Estomaterapia (Seção Pará) está à frente do Summit em Estomaterapia da Amazônia: Oportunidades e Desafios de Inovação e Sustentabilidade Regional, além do Fórum Paraense da Pessoa com Deficiência. O encontro termina nesta quinta-feira (10).
Segundo a organização, o evento busca contribuir para a articulação entre ciência, saúde e sustentabilidade, e proporcionar um espaço de diálogo e proposições sobre a atenção à saúde humana com interface na inovação e sustentabilidade, com ênfase na melhoria da qualidade de vida das pessoas com feridas, estomias e incontinências e ainda o fortalecimento de políticas públicas e ações locais voltadas para as necessidades regionais.

Especialistas da Santa Casa, como os enfermeiros Antônio Marcos Freire Gomes, Socorro da Silva Ruivo e o médico Victor Aíta, participam do Summit em Estomaterapia da Amazônia com apresentações em painéis e debates sobre assuntos relacionados a programas desenvolvidos no Hospital.
Socorro Ruivo, enfermeira da Fundação Santa Casa, participa na tarde desta quinta-feira (10) da palestra sobre inovação no tratamento de onfalocele em recém nascido. Socorro, que é estomaterapeuta, informa que a Santa Casa tem a comissão de prevenção e tratamento de lesão, na qual é a presidente.

“A estomaterapia atende todas as lesões além dos pacientes com estomas e incontinência urinária. O perfil da Santa Casa é atender pacientes com estomas em neonatologia e pediatria, os adultos internam para fechar estomas”, diz Socorro Ruivo.
Victor Aíta, médico cirurgião plástico da Fundação Santa Casa, abordou, em sua apresentação, o tratamento realizado na instituição para as vítimas de acidentes de escalpelamento. Os avanços feitos no tratamento desses pacientes desde o momento em que eles chegam até a alta.
“O acompanhamento ambulatorial, empregos de expansores de tecidos, matriz de regeneração dérmica e a possibilidade de utilização de células-tronco para avançar no processo de melhoria desses pacientes. Levando em conta que o nosso hospital é considerado como centro de referência no atendimento dessas vítimas”, destaca o cirurgião plástico Victor Aita.

Sustentabilidade - A Santa Casa tem um estande no evento de produtos hospitalares sustentáveis. Maria Alves Belém, diretora de Apoio Técnico Operacional da Fundação Santa Casa, ressalta a importância da participação da instituição no evento, dentro das oportunidades e desafios de inovação e sustentabilidade.
“A Santa Casa foi convidada a participar do evento, levando o estande para a exposição dos produtos hospitalares sustentáveis fabricados no próprio hospital como boas práticas de sustentabilidade e redução de resíduos. O evento reforça a importância para a Santa Casa mostrar o compromisso com a inovação e a sustentabilidade regional. Incluindo ainda a discussão sobre os impactos ambientais e soluções sustentáveis na gestão de resíduos hospitalares”, disse Maria Alves.
Para Marcos William Gomes, enfermeiro da Fundação Santa Casa, o evento é um espaço rico em conhecimento, troca de experiências e principalmente de construção de caminhos mais humanos e sustentáveis na área da saúde. “Gostaria de destacar o privilégio que foi para a Santa Casa do Pará ser a única instituição de saúde convidada a participar deste encontro. O que reforça nosso compromisso com a inovação, a sustentabilidade e o cuidado responsável”.
“Tive a oportunidade de apresentar o que temos feito em nossa instituição no que diz respeito ao impacto ambiental dos resíduos hospitalares. Compartilhamos iniciativas que antes pareciam simples, mas que hoje fazem uma grande diferença: o reaproveitamento de mantas impermeáveis, colchões piramidais, sobras de tecidos do campo cirúrgico, materiais que, por muito tempo, foram descartados, mas que agora ganham nova vida.Com criatividade, consciência ambiental e trabalho em equipe, conseguimos transformar esses materiais em coxins, redes, ninhos para recém-nascidos, travesseiros e porta-adornos, beneficiando pacientes, acompanhantes e nossos próprios colaboradores”, afirmou Marcos Gomes.