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Adepará realiza ações educativas na Operação Verão 2025 em Salinas, Bragança e Marajó

Pará não tem casos de gripe aviária, mas Adepará reforça prevenção em locais com aves migratórias neste mês de veraneio

Por Rosa Cardoso (ADEPARÁ)
07/07/2025 12h57

Em Salinópolis, na Amazônia Atlântica, as praias do Atalaia, Farol Velho, Maçarico e Corvina, receberam nesse fim de semana as ações educativas que a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARÁ) está realizando durante a Operação Verão 2025, do governo do Pará.

Pelo terceiro ano seguido, a ADEPARÁ integra a operação e une forças com os demais órgãos federais, estaduais e municipais nas ações que são realizadas nas praias durante o mês de julho.

Salinópolis tem recebido atenção constante do Serviço Veterinário Oficial por ser uma rota de aves migratórias. De acordo com a fiscal agropecuária Lettiere Lima, gerente do programa de sanidade avícola, o foco principal da ação é a prevenção e a identificação de sintomas em aves para que a comunidade possa notificar a ADEPARÁ em caso de suspeita de doenças. “É fundamental ensinar o público a reconhecer sinais de alerta, identificar as espécies envolvidas (incluindo aves silvestres e domésticas) e a importância de não tocar em aves doentes ou mortas”, enfatizou a veterinária.

O produtor Julier Teixeira, que cria bovinos e tem cultivo de açaí, está passando as férias com a família, em Salinas. Produtor rural no município de Tailândia, ele recebeu os panfletos educativos que estão sendo distribuídos pelas equipes da Agência e destacou a importância do trabalho.”A gente sabe que o nosso país vive em função da exportação e se houver algum foco de situação indesejada isso acaba com a exportação no País todo gerando  prejuízos para  a economia e para a sociedade”.

No Atalaia, a Adepará realizou  atendimento a uma suspeita em uma ave silvestre (Biguá). “Nós fomos avisados pelos bombeiros. Notificamos e descartamos a suspeita, pois o animal não apresentou nenhum sinal clínico para doença respiratória e nervosa das aves. Assim, a gente reafirma o papel fundamental da Educação Sanitária e da parceria entre os demais órgãos do Estado”, ressaltou a veterinária Eloisa do Carmo. 

Aves costumam visitar o mercado em busca de alimentos

Migração de aves- Salinópolis faz parte da rota migratória atlântica, abrigando diversas espécies de aves. Além disso, a região é influenciada por outras rotas migratórias, como a Brasil-Central e a Amazônica. As rotas migratórias, mesmo que não passem diretamente por um local, podem influenciar uma área em até 10-20 km devido ao comportamento das aves.

Equipe da Adepará na Praia de Ajuruteua em Bragança no litoral paraense

Bragança - No município, as atividades educativas ocorreram na orla, praças, feiras e na praia de Ajuruteua.

Como as ações são integradas, a comunicação entre os órgãos gera mais resultados. “Nossa equipe interagiu com servidores da Sespa,  repassando orientações e distribuindo o material educativo e logo depois, foi acionada para verificar uma ave aquática morta, em estado deteriorado. Procedemos o recolhimento e a incineração do animal. A atividade resultou em educação sanitária, vigilância, atendimento à notificação e registro ”, disse Susi Barros, uma das veterinárias envolvidas nas ações em Bragança.

No Marajó, Olivar Valente explica sobre as ações educativas da Adepará

Marajó - No Marajó, onde também existem sítios migratórios de aves silvestres, as ações ocorreram nas praias de Salvaterra e Soure. Além dos banhistas, a equipe da Adepará também abordou feirantes e comerciantes nos mercados dos municípios, além de passageiros que se deslocaram para passar o final de semana na Ilha.

“É importante esse contato da ADEPARÁ com o público em geral que visita e reside na região. Dessa forma a população toma conhecimento da agência e suas ações para a defesa sanitária e integridade da produção animal no estado”, explicou Olivar Valente, agente fiscal agropecuário.

Com os bombeiros na prevenção à gripe aviária no Marajó

Plano de Vigilância Nacional - O plano de vigilância nacional para aves é realizado no Pará com foco nos componentes 3 e 4, que envolvem vigilância ativa nas propriedades (coleta de material para pesquisa de vírus), que é fundamental para detectar a circulação viral, orientar as ações e permitir a tomada de decisões rápidas, visando proteger a avicultura estadual. 

Na Praia do Maçarico, equipe da Adepará atuou em conjunto com os Bombeiros.

“A vigilância ativa serve para tomada de decisão, porque você vai saber o que está circulando no estado e direciona a  vigilância. Isso fortalece a atuação do Estado de estar precocemente vigilante às propriedades que têm exploração avícola", explicou Lettiere Lima.

A Operação Verão 2025 da Adepará envolve 50 servidores e 12 veículos e segue nos próximos finais de semana nos municípios do Pará.