Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
SAÚDE

Hábitos simples em casa podem ajudar a combater a dengue no Estado

Por Redação - Agência PA (SECOM)
31/08/2015 18h47

Mesmo durante o verão há ocorrência de chuva e calor, o que forma uma combinação perfeita para a proliferação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. Por isso, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio do Programa Estadual de Controle da Dengue, alerta sobre os cuidados necessários à prevenção da doença, que vem apresentando aumento considerável no Estado, principalmente em Belém.

Segundo o diretor do Departamento de Controle de Endemias da Sespa, Bernardo Cardoso, é de suma importância que as ações de prevenção sejam feitas de forma integrada e sistemática, visto que o ciclo do mosquito, desde a fase do ovo até a forma adulta, é em média de seis a sete dias “Os gestores municipais precisam fazer sua parte e completar o quadro de agentes para combater diariamente a dengue. É fundamental que se façam visitas em canteiros de obras e nos edifícios para aplicação do dragnete. Daí a necessidade de envolvermos as secretarias de Obras, Meio Ambiente e Educação para formarmos uma força-tarefa”, disse.

Hábitos simples, adotados pela população, também podem ajudar significativamente para o combate à dengue, como a retirada de objetos que possam acumular água nos quintais – folhas e outros materiais, além da limpeza de calhas, para impedir a proliferação do mosquito. Atitude fácil, que funciona de forma positiva para evitar criadouros, a exemplo da dona de casa Haydée Oliveira, que mora no bairro da Marambaia.

“Tenho meus jardins e também alguns animais de estimação no meu quintal. Monitoro todos os dias a área e mantenho o local sempre arejado e bem cuidado, inclusive com troca de água que deixo para os animais e também das plantas que cultivo. No interior da minha casa a rotina é a mesma. Tenho consciência do que devo fazer para evitar que esses criadouros se proliferem na minha casa”, ressaltou Haydée.

Registros – O nono Informe Epidemiológico sobre a situação da dengue no Pará, confirma 3.541 casos da doença este ano em todo o Estado, até agora. No mesmo período do ano passado, foram 2.483 ocorrências, o que representa um aumento de 29,87%. Belém é o município que mais registrou doentes com dengue este ano: 990 no total.

Além da capital paraense, os municípios com maior incidência de casos confirmados este ano são Parauapebas (320), Altamira (247), Senador José Porfírio (183), Canaã dos Carajás (126) e Alenquer (108). Quatro mortes por dengue foram confirmadas este ano, duas na capital paraense, uma em Rurópolis e uma em Altamira. A Sespa orienta que as Secretarias Municipais de Saúde informem em um período de 24 horas a ocorrência de casos graves e mortes suspeitas.

A Sespa faz o monitoramento dos 144 municípios que receberam o incentivo do Ministério da Saúde para vigilância, prevenção e controle da dengue, e distribui às prefeituras inseticidas (larvicidas e adulticidas) para o controle. A Secretaria também faz visitas técnicas aos municípios para assessoramento das ações do programa da dengue, Zica e Chikungunya, doenças também transmitidas pelo mesmo vetor Aedes aegypti.

Quando há necessidade, a Sespa também faz o controle vetorial, como bloqueio de transmissão viral nas localidades, e articula ações com órgãos municipais de saneamento e limpeza urbana, tendo em vista a melhoria da coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Também fazem parte das ações atividades de educação e mobilização para inserir a população no controle da dengue.

O vírus da febre chikungunya também está controlado. Não há registros de transmissões ocorridas dentro do Estado. Em 2015, oito casos importados da doença foram confirmados no Pará por critério laboratorial adotado pelo Instituto Evandro Chagas, em Belém.

O chikungunya caracteriza-se principalmente pelas intensas dores nas articulações. Os sintomas duram entre 10 e 15 dias, mas as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. Complicações sérias e morte são muito raras. Já a febre por zika vírus leva a sintomas que se limitam a no máximo sete dias e não deixa sequelas. Não há registro de casos de morte provocados pela doença.

A Sespa também deixa claro que a preocupação com a zika segue os mesmos procedimentos em relação à dengue e à chikungunya. Logo, o Estado está preparado para seguir com o esquema já adotado. O tratamento é apenas paliativo, de suporte e correção de sequelas. Até o dia 18 de agosto deste ano já foram confirmados quatro casos da doença, sendo três em Belém e um no município de Dom Eliseu.

Serviço: mais informações sobre dengue, febre chikungunya e zika são fornecidas pelas Secretarias Municipais de Saúde. Em Belém, além dos telefones (91) 3344-2475, 3344-2459 e 3277-2485, estão disponíveis os telefones dos Distritos Administrativos da Prefeitura: Daben (3297-3275), Daent (3276-6371), Dagua (3274-1691), Daico (3297-7059), Damos (3771-3344), Daout (3267-2859), Dasac (3244-0271) e Dabel (3277-2485). Em outros municípios, os contatos são: Ananindeua: (91) 3073-2220, Marabá: (94) 3324-4904, Marituba: (91) 3256-8395, Santarém: (94) 3524-3555 e Tucuruí: (94) 3778-837.