Pará e Holanda debatem alternativas para o transporte hidroviário nacional
Teve início na manhã desta terça-feira, 1, o VI Congresso e a Feira Internacional de Transportes da Amazônia (TRANS 2015) e o II Seminário Internacional Brasil-Holanda, na Estação das Docas, em Belém. Os eventos, que ocorrem até a próxima quinta-feira, 3, têm como objetivo avançar no intercâmbio com a Holanda, principalmente em relação às experiências e tecnologias no desenvolvimento do transporte de aquaviários e negócios. Na ocasião, o governador do Pará em exercício, Zequinha Marinho, e o secretário Estadual de Transportes (Setran), Kleber Menezes, participaram da abertura ao lado de representantes do governo federal, do governo holandês e empresários.
Em meio ao debate de novas tecnologias e o desenvolvimento do transporte hidroviário no Brasil, a feira terá participação de 13 empresas holandesas, que podem colaborar com este avanço.
“Os Países Baixos tem como principal meio de transporte a hidrovia. Nós aqui, mesmo com todo este potencial, nos esquecemos disso por algum tempo. Não há desenvolvimento que não se utilize uma logística de transporte barata. E o hidroviário é, sem dúvidas, o mais barato, principalmente para transportar cargas com pouco valor agregado e muito volume. A Holanda tem uma experiência muito interessante, com grandes negócios pelo mundo e certamente uma feira como essa trará ao nosso empresário uma oportunidade de poder crescer com novas tecnologias e negócios no setor”, disse o governador em exercício, Zequinha Marinho.
Dentre os temas discutidos durante a abertura do Seminário, representantes brasileiros e do governo holandês falaram sobre a importância da escoação da produção nacional pelo Norte, utilizando portos e hidrovias para exportação dos grandes mercados internacionais.
“Apesar da crise econômica, acreditamos no futuro do Brasil e acreditamos no futuro do estado do Pará, porque o desenvolvimento da saída pelo Norte faz sentido e fica mais perto dos mercados na Europa, Estados Unidos e Ásia. É mais barato usar hidrovias do que usar rodovias, os custos ambientais são menores. Estamos aqui para trocar experiências, compartilhar conhecimento e para fortalecer parcerias com os nossos amigos brasileiros”, disse o embaixador da Holanda no Brasil, Han Peters.
Com a presença dos representantes federais pela área de transportes terrestres e aquaviários, o governador Zequinha Marinha, aproveitou para debater também a necessidade de planejamentos e investimentos na implantação de hidrovias e ferrovias no Pará, além da melhoria das rodovias federais no Estado.
“A presença dos representantes do governo federal serve para que eles levem a mensagem da necessidade de se fazer um planejamento estratégico para construção de hidrovia e ferrovia no nosso Estado, pois só assim isso dará ao Pará e a região Norte a logística capaz de sustentar um desenvolvimento mais perene”, destaca Zequinha Marinho.
A mesa principal contou com a presença de Marcelo Prado (diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres), Mário Povia (diretor geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários), Emair Bottega (diretor de planejamento do Ministério dos Transportes), Carvalho Neto (Capitão de Mar e Guerra da Marinha do Brasil), Raimundo Holanda (presidente da Federação de Empresas de Navegação Aquaviária), José Maria Mendonça (Vice Presidente da Fiepa), José Rebelo III (presidente do Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial e Lacustre e das Agências de Navegação no Estado do Pará), além da secretária de assuntos marítimos de infraestrutura e meio ambiente da Holanda, Brigit Gijbers.