Frota de turismo náutico cresce em ritmo acelerado no Pará
O Pará participou das discussões do VI Congresso Internacional de Transportes na Amazônia - Trans 2015, realizado entre os dias 1º e 3 de setembro, na Estação das Docas, em Belém. O evento debateu o desenvolvimento do transporte hidroviário no Brasil, além de promover um intercâmbio, a partir da apresentação de experiências internacionais. Coube à Secretaria de Estado de Turismo (Setur) apresentar o tema “O desenvolvimento do turismo náutico no Pará”, em painel exposto na tarde desta quinta-feira, 3.
O sistema de transporte hidroviário no Brasil, a visão empresarial da navegação interior brasileira, novas perspectivas para o desenvolvimento da navegação interior e embarcações de recreio e mercado náutico foram alguns dos temas que estiveram em pauta durante o congresso, que contou ainda com uma rodada de negócios, promovida pelo Sebrae-PA.
“Foi uma oportunidade que tivemos de mostrar ao segmento que explora o transporte de passageiros na Amazônia como entender o turismo como um setor econômico e como abrir novas oportunidades de negócios no turismo náutico”, explica o secretário-adjunto de Estado de Turismo, Joy Colares, presente ao evento.
O gerente de Turismo Náutico da Setur, Daniel Bastos, que fez expôs o tema, mostrou um levantamento feito pelo órgão sobre o setor de 2013 a 2015. O relatório aponta que somente nos últimos dois anos o Pará aumentou a frota náutica de recreação, somando hoje 1.600 jet skis (contra 300 em 2013) e 350 lanchas de passeio (frente às 30 que existiam dois anos atrás).
“Mesmo com este recente cenário de crise e instabilidade, o Pará registrou um grande número de aquisições de embarcações recreativas no mercado náutico, resultando em um aumento significativo de pessoas empregadas e colaboradores, num curto espaço de tempo. Isso demonstra uma grande capacidade de crescimento do Turismo Náutico e também de comercialização destas embarcações no estado”, apontou Daniel.
Segundo o gerente da Setur, nem mesmo os altos valores de frete cobrados no ato da compra destas embarcações – que muitas vezes ultrapassam R$ 20 mil - tem reduzido o crescimento no número de aquisições. “Hoje já temos algumas marinas em Belém que estão lotadas, sem vagas para novos barcos. E constatamos o mesmo na marina pública de Santarém, o que impulsionou um movimento empresarial do Tapajós a construir uma nova marina em Belterra. E o Marajó também começa a dar sinais da importância deste mercado acenando com a possibilidade de uma marina em Soure”, concluiu Bastos.