Professor da Uepa participa de Duo Amazônico na Universidade de Sorbonne em Paris

Na próxima sexta-feira, 13, Urubatan de Castro, professor da Universidade do Estado do Pará (Uepa), vai participar de uma apresentação musical na Université Sorbonne Nouvelle, em Paris, na França, juntamente com o barítono Adnaldo Odair Souza. O Duo Amazônico, nome da apresentação, encerra a programação da Printemps Brésilien, que vem sendo realizada desde março, com diversas programações sobre a cultura brasileira na renomada universidade pública de pesquisa, frequentemente classificada entre as melhores do mundo.

O professor Urubatan conta que a seleção veio após o envio da proposta de apresentação para a instituição francesa. “Vamos fazer três concertos com músicas de compositores amazônicos”, explica Urubatan que disse estar “ansioso e estudante todos os dias!”. 

A novidade do concerto, de acordo com o professor, é que “as peças, pela primeira vez, vão ter maracás e apitos dos indígenas Wai-Wai, então vamos inserir referências indígenas na música erudita”, explica Urubatan.

Em parceria com o barítono, Adnaldo Oldair Souza, serão apresentadas obras dos compositores Jayme Ovalle, Pedro Amorim, Waldemar Henrique e do próprio Urubatan Castro, dividido em momentos de apresentação da dupla, intercalada com apresentação solo do pianista.

A Printemps Brésilien, após focar no Quebec, no Canadá, e na Alemanha, volta-se para o Brasil e a cultura do país, particularmente homenageado na França como parte da Temporada Intercultural de 2025. Ao longo dos últimos meses, foram realizados espetáculos, projeções, conferências e encontros com artistas e escritores brasileiros, como Marcelo Rubens Paiva, autor do livro “Ainda estou aqui”, que virou o filme com o mesmo nome e que ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro este ano, trazendo a estatueta de forma inédita para o país.

Pianista, compositor e musicólogo, Urubatan de Castro está inserido na esfera musical há mais de 30 anos. Teve passagem no Instituto de Arte da Unicamp; no Departamento de Música da Universidade Federal da Bahia (UFBA); Bomfim Conservatório (Portugal) e Kurhaus (Den Haag - Holanda). Já recebeu dois primeiros lugares no Concurso de Composição Mapa Cultural Paulista (Campinas e Limeira), em 1998; conquistou o Prêmio de Composição Originalidade em São Paulo, em 1999 e no ano de 2007, obteve o Prêmio de Criação Musical do Instituto de Arte do Pará, com obras para piano e quatro mãos. É professor e integrante de grupos de pesquisa da Uepa, e diretor musical do Quarteto de Cordas da universidade.

Adnaldo Oldair Souza é natural de Belém do Pará, licenciado em Educação Musical pela UFPA. Atua como professor da rede pública de ensino, regente de coro e arranjador musical. Adnaldo tem formação técnica em Canto Lírico com especialização em Interpretação Musical (UFPA) e curso de aperfeiçoamento em Educação Musical no Japão. É mestre em Teoria Musical pela Campbellsville University (EUA) e em Processos Criativos pela UFPA. Em 2016, foi regente do Madrigal da Universidade do Estado do Pará. Como barítono e regente, apresentou-se em importantes festivais e espaços culturais no Brasil e no exterior.

Texto de Marília Jardim e Fernanda Martins