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PC prende duas pessoas em flagrante por lesão corporal e injúria racial durante RexPa

Os fatos ocorreram no clássico do futebol paraense no Mangueirão, no domingo (11), e a ação policial foi executada com o apoio da Polícia Militar do Pará

Por Jeniffer Terra (PC)
12/05/2025 12h51

A Polícia Civil do Pará, por meio da Delegacia de Proteção ao Torcedor e de Grandes Eventos (DPTGE), fez duas prisões em flagrante por lesão corporal e injúria racial, e lavrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra dez torcedores vinculados à torcidas organizadas, neste domingo (11), em Belém. As ações aconteceram durante as fiscalizações efetuadas pelas polícias Civil e Militar no jogo decisivo do futebol paraense entre os times do Remo e Paysandu.

"Inicialmente, nossa equipe foi acionada por uma guarnição da Rotam que conduziu dez integrantes da torcida do time do Paysandu. Os torcedores, em tese, teriam descumprido a rota previamente acordada com o sistema de segurança e se envolvido em confrontos com diversos membros da torcida do Clube do Remo, na avenida Augusto Montenegro. A equipe da Polícia Civil realizou o procedimento de autuação destes torcedores", destaca o titular da DPTGE, delegado Marcos André Araújo.

Em decorrência dos fatos, foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra os dez torcedores em questão, com base na Lei Geral do Esporte, em vista do Artigo 201, §1º, inciso III, da Lei nº 14.597/2023, que prevê como ação criminosa a participação em confrontos de torcidas organizadas.

Entre os investigados, dois indivíduos foram apresentados por portar bombas caseiras e, por esta razão, também foram lavrados dois TCOs, um para cada envolvido, em consideração ao Artigo 201, § 1º, inc. II, da Lei Geral do Esporte, que prevê como crime o porte de materiais que podem ser utilizados para a prática de atos de violência em eventos esportivos.

Os materiais foram apreendidos e encaminhados à perícia técnica no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, a fim de verificar a potencialidade lesiva e a eventual configuração como artefato explosivo. Todos os suspeitos foram conduzidos ao Juizado Especial do Torcedor (JECRIM), instalado no estádio, para os procedimentos judiciais cabíveis. 

Ao longo do evento, a Polícia Civil também efetuou duas prisões em flagrante por diferentes crimes. No primeiro caso, uma mulher foi autuada pelos crimes de lesão corporal e tumulto esportivo. Segundo as informações levantadas, a suspeita tentou forçar o acesso ao estádio sem portar o ingresso do filho menor dela, e, diante da negativa dos agentes de segurança, agrediu um deles com um soco no nariz, causando lesão corporal. 

Num segundo momento, um homem foi preso em flagrante por injúria racial por discutir e xingar uma funcionária de um dos bares do estádio. Vítima e agressor foram conduzidos até a autoridade policial de plantão para os procedimentos legais cabíveis, bem como suas testemunhas. Em pouco mais de 1 ano e 3 meses da inauguração da DPTGE, este foi o primeiro caso de racismo registrado pela unidade.

Ainda na ocasião, foram registrados mais cinco Boletins de Ocorrência Policial (BOP) por diferentes situações na unidade policial que atua na área. 

Texto de Raphaela Rocha, com supervisão de Jeniffer Terra