Santa Casa promove capacitação em tecnologia assistiva para recém-nascidos
Curso para estudantes e profissionais busca o desenvolvimento de órteses para membros superiores, entre outros, para bebês com alterações ortopédicas

Alunos de graduação, residentes, profissionais e preceptores da residência multiprofissional da Fundação Santa Casa estão sendo capacitados para o desenvolvimento de órteses de membros superiores e inferiores, cervicais e de quadril para bebês da neonatologia que apresentam alterações ortopédicas.
A terapeuta ocupacional da neonatologia da Santa Casa e preceptora da residência multiprofissional, Gabriela Farias, ressalta a importância do conhecimento deste tipo de tecnologia assistiva para os profissionais que atuam no atendimento aos recém-nascidos.

"Esse conhecimento vai aprimorar o uso de órteses de baixo custo para minimizar as afecções ortopédicas observadas na unidade neonatal para prevenir deformidades, minimizar padrões disfuncionais e favorecer a qualidade de vida e funcionalidade.
A terapeuta ocupacional acrescentou: "temos muitos bebês com deformidades articulares, com posturas viciosas, isso será excelente para ajudar a melhorar a qualidade de vida dos nossos bebês e oferecer uma assistência mais humana considerando a integralidade do ser", disse Gabriela Farias.
O 'mini-curso teórico prático de afecções ortopédica do RN pré-termo e principais intervenções com a tecnologia assistiva' é uma promoção da coordenação do programa de residência multiprofissional em Saúde da Mulher e da Criança da Santa Casa, e ainda da Comissão de Residência Multiprofissional da UEPA.
A capacitação é ministrada pelo terapeuta ocupacional Helder Clay Fares dos Santos Junior. Ele é especialista em atenção em traumatologia e ortopedia, e ressalta a importância de produzir e disponibilizar as órteses para os pequenos pacientes ainda no período de internação.

"Termos os profissionais capacitados dentro do hospital agiliza o processo de inspecção, de avaliação e confecção e a gente consegue intervir de forma precoce para que esse paciente não tenha uma deformidade crônica instalada. E isso vai facilitar o processo de reabilitação dele também no pós-alta. Isso facilita o serviço de forma geral, porque daqui ele não vai precisar voltar mais para a rede de saúde, já sai com o dispositivo e a família também já sai orientada das necessidades que são demandadas, qual é o tipo de dispositivo, quais as peculiaridades voltadas para aquele caso. Então, a gente prescreve, avalia e acompanha esse dispositivo, de forma a trazer uma melhor funcionalidade para esse paciente", explica o especialista.
A terapeuta ocupacional Thais Avelar está participando do curso e fala da importância para a sua formação. "A tecnologia assistiva já faz parte da ciência formativa da Terapia Ocupacional, porém direcionar o aperfeiçoamento para o público alvo específico do nosso hospital potencializa as ações realizadas pela categoria profissional e fomenta uma melhor promoção de qualidade de vida com a prevenção de contraturas, deformidades que possam implicar na funcionalidade dos bebê e crianças atendidos pela Terapia Ocupacional", conclui.