Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
DIA MUNDIAL DA HEMOFILIA

Hemopa amplia descentralização do atendimentos a pacientes com hemofilia

Com ações em municípios como Altamira, Breves e Cametá, Hemocentro segue garantindo assistência especializada no território paraense

Por Aline Seabra (HEMOPA)
17/04/2025 10h42
Pedro Henrique faz tratamento para hemofilia tipo A na Fundação Hemopa, em Belém

No Dia Mundial da Hemofilia, celebrado nesta quinta-feira (17), a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) destaca os avanços na descentralização do atendimento a pessoas com coagulopatias hereditárias. Atualmente, a Fundação acompanha 497 pacientes com hemofilia no estado, sendo 391 com o tipo A e 106 com o tipo B, de acordo com a Coordenadoria de Atendimento Ambulatorial (Coamb).

“A Fundação Hemopa é referência estadual para o atendimento a pacientes com distúrbios da coagulação, atuando por meio da Hemorrede em diferentes regiões do Pará”, explica a médica hematologista Saide Sarmento, coordenadora do atendimento ambulatorial da instituição.

A médica hematologista Saide Sarmento, em Cametá, com paciente e familiar

A hemofilia é uma doença genética, rara e sem cura, caracterizada pela ausência ou deficiência de fatores de coagulação do sangue, o que provoca sangramentos internos e externos. O tratamento contínuo é essencial para prevenir complicações e garantir qualidade de vida.

Com polos estruturados em municípios do interior, o Hemopa tem ampliado o acesso ao tratamento fora da capital, levando orientação especializada, capacitações e distribuição de fatores de coagulação. A estratégia reduz a necessidade de deslocamentos frequentes, internações e complicações graves, especialmente em casos pediátricos.

Paulo Bezerra, presidente do Hemopa: ″Além da missão de doação de sangue, o Hemopa é referência no tratamento de pacientes com hemofilia no Pará″

O presidente da Fundação Hemopa, Paulo Bezerra, destaca o papel da instituição na melhoria da qualidade de vida das pessoas com coagulopatias. “Além da sua missão de doação de sangue, o Hemopa é referência no tratamento de pacientes com hemofilia no estado do Pará. A Fundação se destaca por esse acompanhamento e pela efetividade na prestação de um serviço essencial, tornando o dia a dia dessas pessoas muito mais leve”, afirmou.

Em Altamira, o paciente Davi Cruz; a assistente social Cristina Santos; a médica Ieda Pinto; a psicóloga Liene Nunes; e a enfermeira Marilda Souz

Um dos exemplos mais recentes dessa atuação foi a capacitação técnica no Hospital Regional Público do Marajó, em Breves, realizada em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), que preparou a equipe local para o atendimento a pacientes com hemofilia.

A interiorização do atendimento também avança na região do Xingu. A médica hematologista Ieda Pinto acompanhou uma ação realizada em Altamira, onde foi feito o treinamento de uma família para aplicação domiciliar do medicamento subcutâneo em um paciente com hemofilia e inibidor, morador da zona rural. “Agora, ele pode fazer o tratamento de forma segura, sem precisar se deslocar longas distâncias até um hemocentro”, destacou.

Psicóloga Amanda Campos com os filhos Pedro e Bernardo, pacientes em tratamento para hemofilia, no Hemopa, em Belém

Para a psicóloga Amanda Augusta Bandeira Campos, mãe de dois pacientes atendidos pela Fundação Hemopa, em Belém, o impacto do tratamento vai além do controle da doença. “O Pedro toma fator três vezes por semana e tem uma vida tranquila, com pouca hemartrose. Já o Bernardo, que é autista e tem inibidor, começou a tomar um novo medicamento este ano. A mudança foi enorme. Antes, ele sofria com sangramentos recorrentes. Agora, está conseguindo até trocar os dentinhos sem precisar ir tomar fator”, relata.

Além da assistência hematológica, o Hemopa promove capacitações para profissionais da saúde, orienta famílias e oferece suporte multiprofissional aos pacientes, com foco em prevenção, reabilitação e inclusão social. Com a ampliação da rede de atenção às pessoas com hemofilia e outras coagulopatias, promovendo dignidade e acesso igualitário ao tratamento em todo o território paraense.