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AGRICULTURA E PESCA

Com Emater, agricultores entregam alimentos para famílias vulneráveis de Afuá no Marajó

Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da Conab, tem o apoio institucional do Governo do Pará, em benefício de famílias de baixa renda

Por Valéria Nascimento (SECOM)
11/04/2025 12h07

Nesta sexta-feira (11), o açaí da várzea do rio Charapucu, em Afuá, no Marajó, segue o rumo para, logo batido e muito bem acompanhado de farinha d’água ou de tapioca, encher as cuias de pessoas carentes do município, a partir de atendimento do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater). 

A entrega de mais de 200 quilos de caroço in natura, escoados do Sítio do José, na comunidade Ariramã, faz parte do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da Companhia Nacional de Abastecimento - parceria entre Governo do Estado, governo federal e Prefeitura. 

À frente da mercadoria, o agricultor José Duarte, de 38 anos, desta vez também fornece 97 quilos de macaxeira e 45 quilos de banana (tipos “prata” e “grande” ou “pacuçu). Os beneficiários imediatos são 60 famílias da zona urbana, inscritas no Centro de Referência de Assistência Social (Cras). 

Para Duarte, o acesso a açaí é um “direito marajoara”: “Estar presente no PAA significa além do retorno financeiro: vem junto uma satisfação pessoal, uma alegria por estarmos ajudando a proporcionar a quem precisa o nosso alimento mais cultural, a chave-de-ouro da nossa tradição e do nosso costume: o açaí”, diz. 

De acordo com ele, o papel da Emater é indispensável: “É um alicerce, porque tem a teoria e a prática que nos amparam pra que a gente continue plantando e colhendo, sem desanimar”, completa. 

No mercado governamental, o lucro específico com açaí chega ao dobro em comparação ao negociado com atravessadores: “Quando dependíamos dos atravessadores, a média era 10%, no máximo 20%; com o PAA, os preços permitem margem de lucro de 40% e até mais”, calcula o produtor. 

Panorama

Na mesma ocasião, o assentado Edson André Freitas, de 29 anos, conhecido como “Preto”, do assentamento federal agroextrativista Santana, entregou 54 quilos de macaxeira. Na área coletiva, às margens do rio Santana, a lida inclui açaí e banana. 

“O PAA absorve nossa produção e isso muda a vida, porque conseguimos estruturar a comercialização. No mais, eu me sinto muito feliz porque nossos produtos são doados para a população, combatendo a fome”, resume. 

O chefe do escritório local da Emater em Afuá, o engenheiro agrônomo Alfredo Rosas, especialista em Manejo Ambiental de Solos, explica que a oportunidade do PAA contempla todos os lados sociais: “É vantagem para o agricultor, que vende a preço justo, e para a sociedade civil, pelo resultado assistencial, de segurança alimentar”, pontua. 

O gestor anuncia que um novo contrato, para vigência na continuidade de 2025, está sendo costurado, com a cooperação da Emater: “Indicamos os agricultores, elencamos os produtos e as safras, acolhemos a produção. É um trabalho de ponta a ponta”, afirma. 

Texto de Aline Miranda