Desfile de joias abre festival de chocolate e flores em Belém
Um desfile de joias e acessórios de moda que mesclam elementos amazônicos ao encanto das flores e à sedução do chocolate marcou a abertura do 3º Festival Internacional de Chocolate e Cacau da Amazônia e o 15º Flor Pará, na noite desta quinta-feira, 17, no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém. As 62 peças em ouro, prata e gemas minerais e vegetais atraíram a atenção do público e convidados, entre os quais autoridades como o vice-governador Zequinha Marinho e o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca Hildegardo Nunes, além da embaixadora da Colômbia no Brasil, Patrícia Cárdenas.
As joias criadas por microempresários e designers paraenses expressam a magia do imaginário cultural amazônico. As 62 peças reúnem elementos do tema do festival e que formam a Trilogia da Sedução. Apresentados pela diretora executiva do Polo Joalheiro São José Liberto, Rosa Helena Neves, seis modelos vestindo roupas estilizadas feitas com sarrapilheira plástica, material dos sacos que transportam o cacau, apresentaram as criações em três linhas de joias: a primeira trouxe peças de coleções com gemas de chocolate; a segunda, joias em prata com gemas vegetais, e a terceira joias em ouro com gemas minerais. O desfile teve direção artística da fotógrafa Walda Marques.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Hildegardo Nunes, exaltou o papel do agricultor “que planta e colhe tudo o que garante a existência não apenas dele, mas de toda a população. "Não há vida sem a produção rural", afirmou, ressaltando a importância da parceria não apenas para a realização do evento, mas para a superação do momento pelo qual passa o País. "Acredito que somente por meio da integração de forças é possível enfrentarmos a crise nacional, integração essa sem a qual também não seria possível a realização de um evento desse porte, que busca facilitar o acesso aos negócios, às tecnologias e ao conhecimento, ajudando a fortalecer a cadeia produtiva brasileira."
O esforço de 12 instituições que atuam de forma integrada, com a participação decisiva do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura no Pará (Funcacau), é o que vem garantindo ao setor produtivo a conquista de bons resultados e um desempenho que caminha na contramão na crise que se instalou em quase todos os setores econômicos. Nos últimos quatro anos, a produção de cacau do Estado saltou de 64 mil para 110 mil toneladas, a área plantada de 110 mil para 160 mil hectares e a produtividade de 806 para 922 k/ha, gerando hoje 250 mil empregos, 20% deles diretos.
A qualidade das amêndoas paraenses, com teor de gordura e ponto de fusão específicos que facilitam a produção de chocolate, atraiu compradores da Europa e do Japão. A verticalização avançou e já soma duas indústrias implantadas, outras três em estudos para implantação, além de cinco marcas de chocolate. O souvenir mais apreciado no Pará, o bombom regional, já utiliza chocolate paraense e as bombonzeiras vem sendo capacitadas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap).
Em 15 anos, o Flor Pará, criado pelo governo do Estado para incentivar o cultivo e abrir mercado para os floristas, já concentra 200 produtores e gera mil empregos principalmente na Região Metropolitana de Belém, expandindo-se para Santarém e Marabá. A melhoria da qualidade das flores foi possível graças à introdução de modernas técnicas de pós-colheita e novas tecnologias de produção que vem garantindo a diversidade de oferta para os segmentos de decoração e paisagismo.
O vice-governador Zequinha Marinho reforçou o avanço obtido pelo setor agrícola e que hoje permite ao Estado ofertar para o Brasil e o mundo produtos de alta qualidade por meio de uma economia dinâmica e criativa. O representante da Assembleia Legislativa do Para, deputado Airton Faleiro, classificou o festival como espaço de conhecimento e propaganda do que se tem de melhor do Estado na produção rural.
Para o empresário Marcos Lessa, representante da empresa organizadora do festival de chocolate e flores, o evento deste ano surpreendeu pela grande participação do público já na abertura da programação. Segundo ele, a expectativa é que o Hangar receba um número recorde de visitantes até o domingo, 20. “A quantidade de marcas de chocolate demonstra que o mercado compreendeu a proposta do projeto, que é melhorar a qualidade da produção e agregar valor”, declarou.