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Quatro unidades de saúde do Estado adotam canais de transparência para garantir a qualidade no atendimento

Ao total, seis ferramentas de comunicação blindam os colaboradores e asseguram a segurança do paciente

Por Ascom (Governo do Pará)
04/04/2025 14h12

No Brasil, ao longo do mês de abril, unidades de saúde públicas e privadas, assim como os órgãos e entidades, intensificam o debate à luz do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), criado em 1º de abril de 2013. No Pará, seguido os preceitos do Ministério da Saúde, criador do PNSP, o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), o Regional do Sudeste do Pará (HRSP) e as Policlínicas Metropolitana e Lago de Tucuruí, adotam canais psicológicos aos profissionais, os quais garantem a qualidade na assistência.  

As unidades do Governo do Estado, administradas pelos Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), dispõe da transparência e do apoio ao profissional, através do Canal do Colaborador, do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU), do Canal de Denúncias do ISSAA, do Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente (NQSP), da Ouvidoria SUS, além do Complice.

"Trabalhamos com o cuidado centrado no paciente, por isso, é fundamental a adoção de medidas que promovam a segurança do trabalhador da saúde, em todos os níveis de atenção, como fator indispensável para assegurar a prestação do cuidado seguro", observou Rodrigo Moreira, diretor administrativo do ISSAA.

Impacto - A enfermeira Kamila Rosa atua na saúde há 6 anos. Ela explica que o dia a dia é desafiador. "É difícil lidar com a doença das outras pessoas, sem se envolver com elas. E com os canais, a gente se torna seguro, pois podemos procurar orientações que nos subsidiam no cuidado e na assistência", observou a profissional do Galileu, na Grande Belém. 

Mayara Feitosa, que atua como enfermeira no Regional de Marabá, também destaca a rotina desafiadora no cuidado de vidas. No entanto, ela se sente mais segura com os suportes oferecidos. "Os canais disponíveis são fundamentais para garantir que possamos compartilhar nossas preocupações e buscar ajuda quando necessário. Eles nos fazem sentir acolhidos e valorizados como profissionais", afirmou.

Segurança - Quem nunca precisou utilizar os canais, foi a enfermeira Kelly Souza, que atua na Policlínica Metropolitana, em Belém. Mas, ela adiantou que sabe da existência deles, o que a deixa mais segura. "Me traz uma sensação de segurança, pois sei que se necessário, terei um espaço para ser ouvida". 

Em Tucuruí, a supervisora do Faturamento, Sabrina Braga, também nunca usou os canais. "São ferramentas muito interessantes e essenciais para garantir um ambiente de trabalho mais justo e ético. É importante que as pessoas entendam que esse é um canal sério, voltado para tratar de questões relevantes que realmente impactam no dia a dia", analisou. 

Segurança - Paula Narjara, gerente Corporativa de Qualidade e Segurança do ISSAA, explica que a segurança psicológica é um pilar fundamental na gestão. "Queremos que os profissionais se sintam seguros para falar, compartilhar preocupações e contribuir com melhorias, pois entendemos que cuidar de quem cuida é essencial para oferecer assistência segura aos nossos pacientes", ponderou.

A gestora ressalta que essa abordagem está em consonância com a Norma Regulamentadora NE-1, que enfatiza a gestão de riscos psicossociais. "Para o ISSAA, garantir a segurança psicológica dos profissionais é assegurar que os usuários também recebam um cuidado seguro e humanizado, pois profissionais acolhidos e respeitados têm mais confiança para comunicar falhas e propor melhorias". 

Governança Integrada - Narjara acrescenta ainda que as quatro unidades adotam um modelo de gestão integrada. "Valorizamos a transparência e a comunicação aberta, promovendo um ambiente seguro onde todos podem expressar suas opiniões sem medo de represálias", pontuou a especialista.

Nesse contexto, é formada uma governança robusta que integra os Núcleos de Qualidade e Segurança do Paciente (NQSP), SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho), Recursos Humanos (RH) e Compliance. A estrutura interconectada assegura que as ações sejam coordenadas e que os colaboradores tenham suporte contínuo, tanto físico quanto emocional.

Projetos direcionados aos profissionais da saúde são estrategicamente desenvolvidos para atender às exigências de leis e normas nacionais e internacionais. Segundo Karina Zamprogno, gerente de Recursos Humanos, “um profissional bem acolhido e valorizado é capaz de prestar assistência de alta qualidade e segurança aos usuários”, observou. 

A engenheira do Trabalho, Janaina Leal, alerta ainda que "além de prevenir acidentes e doenças do trabalho, é necessário minimizar os riscos psicossociais.   Isso inclui a adoção de práticas que promovam a saúde mental, como as ações do Programa Qualidade de Vida  e o Projeto Acolher,  como também o combate ao estresse excessivo no ambiente de trabalho, onde o colaborador pode realizar a denúncia através da CIPA ou nos canais de denúncia", detalhou a gerente do Sesmt.

Conheça os canais:

Canal do Colaborador (RH) - Projeto Acolher: Voltado ao suporte emocional dos profissionais, oferece acolhimento qualificado por meio da psicologia organizacional, promovendo escuta ativa e apoio. O projeto atende tanto profissionais em geral quanto aqueles classificados como "segundas vítimas".

Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU): Acolhe as manifestações dos usuários e também identifica e encaminha ao NQSP eventuais incidentes reportados, fortalecendo o ciclo de melhoria contínua e garantindo que as demandas dos pacientes sejam tratadas com prioridade.

Canal de Denúncias do ISSAA: Disponível no site da organização, permite que qualquer cidadão – colaborador ou usuário – comunique situações que comprometam o bem-estar profissional ou a qualidade dos serviços prestados.

Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente (NQSP): Recebe notificações de incidentes e não-conformidades atuando diretamente na gestão de riscos, promovendo ações preventivas e corretivas para manter um ambiente seguro para colaboradores e pacientes.

Ouvidoria SUS: Disponível dentro de cada unidade, é um canal público onde qualquer pessoa – seja usuário ou profissional de saúde – pode enviar manifestações diretamente à Sespa. 

Complice: analisa estrategicamente as normas, conhecimentos e posturas dentro das unidades de saúde das em prol do bem-estar do profissional e do usuário.  Acesso através dos canais de denúncia no site do ISSAA.

Texto: Roberta Paraense