Com o apoio da Emater, agricultores de Brasil Novo fornecem alimentos para sistema público de saúde
De abril de 2024 a janeiro de 2025, foram fornecidas 25 toneladas de abóbora, banana, laranja, mamão, macaxeira e tangerina in natura, além de polpa congelada

De abril de 2024 a janeiro de 2025, pacientes internados no Hospital Municipal Maria José Biancardi, em Brasil Novo, no Xingu, desfrutaram refeições preparadas com ingredientes oriundos da agricultura familiar do município, a exemplo de frutas, legumes e verduras.
Com o apoio do Escritório Local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), 14 famílias da Associação dos Produtores Rurais e Urbanos Carlos Pena Filho (Aprucapefi) forneceram 25 toneladas de abóbora, banana, laranja, mamão, macaxeira e tangerina in natura, além de polpa congelada (acerola, cacau, cupuaçu, goiaba, manga e taperebá).
Alimentos saudáveis e de tradição amazônica no sistema público de saúde de Brasil Novo como um todo, são um processo apoiado pelo Governo do Estado, em parceria com a Prefeitura, no contexto do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Usuários diretos de outros serviços do setor, como o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e do Tratamento Fora do Domicílio (TFD), via a Casa de Apoio Noedson Carvalho, na capital Belém, também foram beneficiados.
“O PAA em Brasil Novo é um diferencial único para os agricultores, pela garantia de compra, a preço justo, quando historicamente vivenciamos o gargalo de escoamento da produção e de dificuldade de negociação vantajosa na comercialização - por consequência, a dependência de atravessadores. Ainda ficamos muito satisfeitos em contribuir com a sociedade na entrega de alimentos de qualidade, que ajudam na recuperação da saúde dos cidadãos de Brasil Novo”, considera o presidente da Aprucapefi, Weberson Hubner, de 43 anos.
De acordo com a liderança, os contratos do PAA chegam a representar lucro de 60% para os agricultores. “Existem produtos em relação aos quais o PAA paga cinco vezes mais, em comparação à proposta dos atravessadores. Se o agricultor não receber incentivo e não conseguir vender com lucro, uma hora desiste de plantar”, indica. O contrato do PAA em questão, com vigência até o início deste ano, significou para o grupo um faturamento de mais de R$ 259 mil.
Para o chefe do Escritório Local da Emater em Brasil Novo, o técnico em agropecuária Jailson Barbosa, a atuação da Emater na efetivação da política pública é pioneira e consolidada. “Foi a Emater que trouxe o PAA para Brasil Novo, remontando a 2020. Podemos dizer que é uma participação legítima, de resultado expressivo, haja vista que a equipe acompanha o mecanismo de ponta a ponta, elabora o projeto, emite os CAFs [Cadastros Nacionais da Agricultura Familiar], orienta os cultivos”, diz.
Texto: Aline Miranda - Ascom/Emater