Pais e alunos atuarão contra a violência nas escolas
Para prevenir e combater a violência dentro e fora das escolas estaduais públicas em Belém e interior do Estado, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) vai investir na atuação em bloco dos gestores das unidades escolares, dirigentes e integrantes dos órgãos de segurança pública e, sobretudo, das famílias dos alunos. Esse posicionamento foi definido em reunião nesta quarta-feira (30), na Escola Estadual Tecnológica Professor Anísio Teixeira, no bairro do Umarizal, que contou com a participação da secretária de Estado de Educação, Ana Cláudia Hage; secretário adjunto de Ensino, Roberto Silva; a coordenadora de Ações Educativas Complementares (CAEC), Rosemary Nogueira; oficiais da Polícia Militar do Pará e a promotora de Justiça da Educação, Graça Cunha.
“Esta é uma ação conjunta que está de acordo com as diretrizes do Pacto Pela Educação do Pará e incentiva a união da sociedade para que a cultura de paz seja implementada nas escolas”, afirmou a secretária Ana Cláudia Hage. A Seduc tem como proposta intensificar a participação dos pais dos estudantes nas escolas, aproximando a família do ambiente escolar e fazendo com que pais e mães possam estar mais presentes na vida escolar de seus filhos, verificando os estudos e o comparecimento dos estudantes às aulas.
“Verificamos que muitas vezes os jovens não têm um bom relacionamento com seus pais e aí esses jovens acabam entrando em situações de risco, como o tráfico de drogas e outros tipos de crime, a partir, em muitos casos, do abandono dos estudos, que é a evasão escolar”, afirmou a coordenadora da CAEC, Rosemary Nogueira.
Para a promotora Graça Cunha, “essa iniciativa da Seduc é louvável, pois boa parte da violência, dentro e no entorno das escolas, está ligada ao tráfico de drogas”. Precisamos aproximar a família da educação dos estudantes”, completou.
A Seduc, a PM e outras instituições parceiras atuam na realização de palestras aos estudantes nas escolas estaduais, na adoção de conteúdos preventivos à violência nos currículos escolares e na intensificação de rondas policiais no entorno destas unidades escolares por meio da Companhia Independente de Policiamento Escolar da Polícia Militar (Cipoe).
“A ideia é propor reuniões como essa a cada dois meses, para termos capacidade de identificar e encaminhar ações, soluções para os problemas nas escolas, melhorando, assim, a comunicação da polícia com a rede estadual de ensino”, declarou o coronel Carlos Emílio, diretor de Polícia Comunitária e Direitos Humanos da PM.