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Hospital Regional da Transamazônica reforça ações de prevenção para lesões por pressão

Equipe de enfermagem, com apoio da equipe multiprofissional, estabeleceu um monitoramento criterioso para evitar complicações e até infecções graves 

Por Ascom (Ascom)
25/01/2025 13h36

A pressão intensa sobre a pele, devido aos prolongados períodos de internação, pode causar um tipo específico de ferimento, conhecido como Lesão por Pressão (LPP). Em hospitais, o monitoramento da equipe de enfermagem, com apoio da multiprofissional, é essencial para evitar complicações e até infecções graves. 

Preocupada com a saúde dos pacientes, a Comissão de Prevenção e Tratamento de Feridas (CPTF) do Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT), elaborou o projeto “Lesão por Pressão Zero”. A iniciativa desenvolve ações preventivas na instituição, e com a apresentação dos resultados, a presidente da comissão, Elda Oliveira, falou sobre a expectativa das ações e da satisfação com o resultado.

“Eu escrevi a ideia, trouxe para a reunião da comissão, e sugeri para que uma das unidades do hospital fizesse um piloto do trabalho para que pudéssemos testar a eficácia. E graças a Deus deu tudo certo. A equipe de enfermagem abraçou a ideia juntamente com a equipe multiprofissional. Com certeza isso foi fundamental. Nenhum paciente desenvolveu LPP”, expressou a enfermeira responsável pelo projeto.

O primeiro passo foi executado na Clínica Médica, principal unidade que realiza tratamentos longa duração. Esther Hoch, coordenadora de enfermagem do setor, apresentou dados do desenvolvimento do projeto com 20 dias de acompanhamento a cinco pacientes da unidade.

“Selecionamos aqueles pacientes com grandes chances de desenvolver lesões. Nós adotamos as práticas de controle determinadas pela comissão de feridas. A equipe de enfermagem esteve bastante ativa nos cuidados gerais, tanto nos cuidados com higiene e hidratação da pele do paciente, quanto com as mudanças de decúbito a cada duas horas”, explicou a coordenadora da Clínica Médica.

Dos cinco pacientes que participaram do projeto, dois permaneceram até o final da análise e outros três tiveram alta hospitalar. De acordo com dos dados apresentados em uma reunião no auditório do Regional da Transamazônica, vários métodos foram utilizados para a coleta de dados, entre eles a 'Escala de Braden' e o 'Protocolo de Bundles'. Estas boas práticas são adotadas por profissionais de saúde, e visam melhorar os cuidados com o paciente.

Lesão por Pressão – também conhecida principalmente por LPP, o dano na pele pode ocorrer devido a pressão intensa e prolongada em uma mesma posição. Para prevenir, é importante que os profissionais de saúde avaliem o risco de cada paciente e realizem medidas de prevenção. 

“É imensurável quando a gente vê o resultado positivo. Tudo isso foi discutido em reunião da Comissão de Feridas. Preveni-la [a lesão] é um protocolo institucional. Está dentro da responsabilidade da assistência ao paciente. A equipe trabalha intensamente com o objetivo de evitar que a LPP desenvolva, principalmente naqueles pacientes que estão internados em longa permanência. Com isso é possível evidenciar que com uma boa assistência, conseguimos garantir a segurança do paciente”, afirmou a gerente assistencial, Rosivânia Barros.

O trabalho também teve apoio da Equipe Multiprofissional, com reforço de nutricionistas e fisioterapeutas, responsáveis por elaborar o plano terapêutico. Através do acompanhamento multidisciplinar, é possível acelerar o processo de recuperação dos pacientes, por meio de uma alimentação individual adequada e reabilitações físicas funcionais, que podem fazer diferença na evolução. 

“Temos parceria com a equipe de enfermagem e com os acompanhantes dos pacientes, auxiliamos na mudança de decúbito, realizamos passeios externos no jardim, e até mesmo, quando necessário, ajudamos o paciente a ir ao banheiro. São estas e outras condutas, que são essenciais para o fortalecimento da musculatura e a melhora do padrão  respiratório”, disse o fisioterapeuta Gabriel Chaves, um dos profissionais que atua na Clínica Médica.

O Hospital Regional da Transamazônica é gerenciado pelo Instituo Acqua, em parceria com a Secretaria de Saúde Pública do Pará. A instituição tem reconhecimento de excelência nacional e é referência de alta e média complexidade na região. 

Texto de Jonas Ribeiro / Ascom HRPT