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AGRICULTURA E PESCA

Atendimento da Emater fortalece cadeia produtiva de mandioca em Porto de Moz

Parceria com a prefeitura e o Banco do Brasil é diferencial

Por Ascom (Ascom)
22/01/2025 11h23

A parceria entre o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), em Porto de Moz, no oeste paraense, e a prefeitura está incentivando moradores da margem direita do Rio Xingu a procurarem obter documentos pessoais, e adotar tecnologias para receber recursos e se especializarem em tratos culturais. O objetivo é aumentar a  produção rural, e, claro, a renda com foco na farinha mista, do tipo “puba”. 

O atendimento de 45 famílias das comunidades vizinhas Vilarinho do Monte, Vila Tapará, Serrinha e Terica deve ser intensificado com um termo de cooperação técnica entre as duas instituições, com probabilidade de assinatura até fim de fevereiro. 

Uma reunião no sábado, dia 18, deste mês, na Vila Tapará, contou com a presença de representantes do Banco do Brasil (BB) para se avaliarem estratégias como crédito rural e aproveitamento diversificado das áreas, a partir de estruturação de plantio de açaí e de pecuária bubalina. 

“O objetivo desta movimentação é revitalizar as parcerias institucionais com a Secretaria de Agricultura [Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Semagric], Secretaria dos Povos Tradicionais e Interior [Secretaria Municipal dos Povos, Comunidades Tradicionais e Interior - Semucti], Secretaria de Infraestrutura [Secretaria Municipal de Infraestrutura e Urbanismo - Seminfra], Banco do Brasil. O chamamento é sempre para o protagonismo das organizações sociais das próprias comunidades. A agenda de ações no campo se encontra cada vez mais unificada, no sentido de tecnologia e sustentabilidade”, aponta o chefe do escritório local da Emater em Porto de Moz, Jackson Lima, técnico em agropecuária. 

Em relação à mandioca, o gestor detalha que processos de mecanização e industrialização pressupõem bons resultados: “Vamos tornar mais competitivo, nos aspectos de qualidade e quantidade de produtos, com mais geração de trabalho e renda e segurança alimentar. O contexto todo é um grande avanço para as comunidades”, aponta. 

De acordo com o secretário de agricultura de Porto de Moz, Guilhermano Viana, a oficialização da colaboração entre Emater e Prefeitura é positiva: “O trabalho da Emater é essencial para o desenvolvimento rural do município, e o TCT [termo de cooperação técnica] contribuirá significativamente para isso, uma vez que a Prefeitura dará as condições para que a Empresa possa cumprir com a missão”, diz. 

Campo

As propriedades constam, em média, de 25 hectares. Além de protagonistas da cadeia produtiva de mandioca, os agricultores também perpetuam tradições  com hortaliças e pequenos animais, como galinha-caipira e suínos. As atividades de criação de búfalo (Serrinha e Turica) e fruticultura já existem, porém ainda em nível de subsistência. 

João Raimundo Freitas, presidente da Associação Comunitária da Vila Tapará (ACVT), posiciona-se otimista: “Creio que agora, com a articulação feita pela Emater, conseguiremos transformar nossas comunidades em um polo produtivo”, considera.  

No ano passado, a Associação recebeu da Emater  o cadastro nacional da agricultura familiar (caf) jurídico, documento que habilita, em caráter preliminar, a participação coletiva em mercados governamentais tais quais o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), entre outros acessos a políticas públicas para a agricultura familiar.