Secretarias de Educação buscam integrar ações para superar os desafios do setor no Estado
A secretária de Estado de Educação, Ana Cláudia Hage, participou nesta quinta-feira (1) da abertura do Ciclo de Palestras: Undime na sua Região, no auditório do Instituto de Ciências da Educação da Universidade Federal do Pará (UFPA), e enfatizou a necessidade da gestão compartilhada das secretarias municipais de Educação com a Seduc como estratégia para a superação dos desafios do setor educacional no Estado, em particular neste momento de crise econômica no País.
“Temos que cuidar de mil escolas em todas as regiões do Estado. Então, precisamos estar juntos para enfrentar os desafios. Todos nós como educadores temos o sonho de uma escola melhor e esse sonho nos impulsiona em nossas ações”, afirmou a titular da Seduc.
Somente por meio do intercâmbio entre os membros da comunidade escolar, ou seja, estudantes, pais de alunos, professores e gestores, e das escolas com as secretarias municipais de Educação com a Seduc pode ser efetivado, de fato, o controle social no setor da educação pública no Estado, como observou Ana Cláudia Hage.
O novo presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Onilson Carvalho, participou do evento, ao lado da então gestora Diana Amorim.
Investimentos - No evento que se estenderá até esta sexta-feira (2), o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação (rede de organizações sociais), o cientista político e professor Daniel Cara, abordou o tema “Padrões mínimos de qualidade da Educação Básica Nacional de acordo com o CAQi (Custo Aluno Qualidade Inicial)”.
“O CAQi é um estudo da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que determina o custo para a educação pública de um padrão mínimo de qualidade, com professores recebendo piso, política de carreira atrativa, formação continuada, número adequado de alunos por turma, bibliotecas, laboratórios de informática, de ciências, quadra poliesportiva coberta, etc. É uma escola que deveria ser padrão no Brasil, mas está distante de ser, e para que a gente possa garantir esse padrão no Estado do Pará, por exemplo, o Governo Federal tem que transferir R$ 5 bilhões por ano”, disse Daniel Cara.
Cara observou que segundo o Plano Nacional de Educação (PNE) esse processo de investimentos tem que começar a partir de 2016. O investimento por aluno do Ensino Fundamental deve ser de R$ 4 mil ao ano e o do Ensino Médio, de R$ 3,8 mil.
No contexto da crise econômica no País, é preciso se definir o que é prioridade. “Se for educação, esse processo de investimentos previstos no PNE não é difícil de ser viabilizado; agora, se não for educação, como não está sendo até agora, já que a educação foi a principal vítima do ajuste fiscal, certamente a gente não vai poder andar pra frente. A grande dúvida é se o Brasil vai querer caminhar pra frente ou caminhar pra trás”, concluiu.