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Paraense premiado no 'Caldeirão do Huck' reconhece apoio da Seduc

Por Redação - Agência PA (SECOM)
05/10/2015 17h08

“Este é um momento ímpar para a educação pública do Pará. Quero ver essa pesquisa na vida dos habitantes ribeirinhos da região amazônica, em particular no Pará”. A declaração é do estudante Edivan Nascimento Pereira, 21 anos, que no último dia 3 foi premiado com R$ 30 mil no concurso nacional “Jovens Inventores”, do programa “Caldeirão do Huck”, da Rede Globo. A premiação é o reconhecimento à pesquisa que transforma o caroço de açaí em carvão ativado para ser usado em filtro de água imprópria para consumo humano. Com resultado, a água, após passar pelo processo, torna-se potável.

No começo da tarde desta segunda-feira (5), Edivan Nascimento Pereira – estudante de Engenharia Química da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e ex-aluno da Escola Estadual Ernestina Pereira Maia, do Moju – foi recebido pela secretária de Estado de Educação, Ana Cláudia Hage. Ele estava acompanhado da esposa, a pedagoga Marília Lima.

“O Brasil inteiro assistiu ao programa no sábado, observando o resultado da pesquisa. Você é um exemplo para os colegas, porque com sua dedicação e estudos mostrou que estudar vale a pena”, disse a secretária, ressaltando o interesse do estudante e a disponibilidade do orientador de Edivan, professor Waldemar Carneiro Rodrigues Júnior, para concretização da pesquisa científica. “Agradeço pelo apoio que tenho recebido da Secretaria de Estado de Educação, dos profissionais da educação”, ressaltou Edivan.

Conquistas – Desde menino na Vila Nova Vida, na zona rural de Moju, onde passou a morar aos 12 anos de idade, proveniente do município de São Miguel do Guamá, onde nasceu, Edivan convive com a realidade de muitos habitantes da Amazônia, que acabam contraindo, muitas vezes, enfermidades por meio da ingestão de água dos rios, imprópria para consumo humano. “Isso me incomodava. Parti em busca de um caminho para combater o problema”, afirmou Edivan, salientando que, em contraste a essa situação, a Amazônia responde por 13% da água doce superficial da Terra, segundo a ONU.

Edivan fez o ensino fundamental na Escola Municipal Major José Tenório, de Moju. Foi lá que ele iniciou os estudos relacionados ao filtro do caroço de açaí, os quais foram intensificados na Escola Estadual Ernestina Pereira Maia, onde ele concluiu o ensino médio. Em 2011, iniciou a pesquisa e, em 2013, conquistou o Prêmio Jovem Cientista, na categoria ensino médio, promoção do Ministério da Ciência e Tecnologia em parceria com a Fundação Roberto Marinho. Na época, foi premiado com uma bolsa de iniciação científica e um computador.

Filho de pais lavradores, Edivan fez pesquisas no laboratório do Clube de Ciências de Abaetetuba, que tem apoio da Seduc. “Pretendo usar o prêmio Jovens Inventores para investir na minha vida acadêmica e na pesquisa”, concluiu o universitário.