Governo do Pará promove visitas à Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu, em Altamira
Além da recuperação da floresta, o modelo é uma política de desenvolvimento e de atração de investimento para a Amazônia paraense
O Governo do Pará promoveu a visitação de empresas para inteirar-se sobre a Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu (URTX - APA Triunfo do Xingu). O projeto URTX é o mais um importante avanço no processo de concessão de uma das maiores áreas de recuperação ambiental do Pará. A visita teve o intuito de detalhar as rotas de acesso, e fornecer subsídios para elaboração de propostas que priorizem a regeneração e o potencial sustentável da área.
“A Semas esteve na Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu no período entre 17 de novembro e 13 de dezembro no qual ocorreu o período de visitação para empresas que estejam interessadas em recuperação vegetal da área, permitindo atividades técnicas como coleta de amostra de solos e mapeamento detalhado do local”, informou Brunna Almeida, técnica da Semas
A Unidade de Recuperação é conduzida pela Semas, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio) e Instituto de Terras do Pará (Iterpa), com apoio da The Nature Conservancy Brasil (TNC Brasil). Foi lançado durante a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da ONU (COP 29) o edital de concessão da Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu (URTX), uma área pública de 10,3 mil hectares, em Altamira, no sudoeste do Estado.
“Estamos aqui para recuperação da floresta, realizando coletas nesse momento para analisar o solo”, afirmou Luciano de Almeida, técnico agrimensor de uma das empresas que se habilitaram a realizar a visita para “identificar quais espécies se adaptam, realizando o mapeamento e levantamento da área e observando os seus acessos, para identificar como podemos entrar no local, para executar o serviço”, finalizou.
O projeto é pioneiro no Brasil, o modelo de concessão prevê a restauração ecológica da área, que fica dentro da Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu, por até 40 anos. A remuneração ao concessionário se dará pelo aproveitamento de ativos ambientais do território, como os créditos de carbono gerados com a regeneração da mata nativa. Cerca de 3,7 milhões de toneladas de carbono equivalente vão ser sequestradas no período, o mesmo que 330 mil voltas ao redor da terra de avião. O concessionário deverá investir cerca de R$ 258 milhões na instalação e na operação da concessão, para uma receita total estimada de quase R$ 869 milhões.
Texto: Vinicius Silva/ Ascom Semas