Profissionais de Saúde Mental discutem atendimento para crianças e adolescentes
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, deu início nesta quarta-feira (21) ao Simpósio de Saúde Mental Infanto-juvenil – Intercâmbio de Experiência, com o objetivo de capacitar trabalhadores da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e apoiadores da área que atuam nos Centros Regionais de Saúde sobre políticas públicas e ações de saúde mental voltadas para a infância e adolescência.
A iniciativa é parte de uma das ações realizadas dentro do “Projeto Percursos Formativos na RAPS”, promovido pelo Ministério da Saúde. O programa possui como um de seus objetivos o intercâmbio entre as redes preceptoras, que são responsáveis por supervisionar aquela especialidade, e as chamadas redes em formação. O intercâmbio está organizado em módulos de formação, cada um composto por uma rede preceptora e cinco redes em formação. Recife está inserido no projeto com duas redes: a de atenção à saúde mental infanto-juvenil e a de atenção a usuários de álcool e outras drogas.
A psicóloga da Coordenação Estadual de Saúde Mental, Clara Bemerguy, explica que a assistência multiprofissional, de forma integrada e humanizada, foi o assunto norteador dos debates e trocas de experiências entre os que participaram do evento, que incluiu também a presença de educadores. “Após 25 anos de criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é primordial que as políticas de saúde também contemplem o atendimento às questões de promoção e tratamento no campo da saúde mental de crianças e adolescentes”, afirma.
A psicóloga também esclarece que o simpósio é o segundo momento desse ritual de troca de experiências, uma vez que dois profissionais da Secretaria de Saúde de Recife, o psicólogo Manoel Ferreira de Brito Neto e a terapeuta ocupacional Debora Casto, vieram como facilitadores de um trabalho antes vivenciado por 20 profissionais enviados à capital pernambucana pela Sespa, a fim de que conhecessem as experiências executadas no local. “É importante que as pessoas tenham a noção do quanto é importante a articulação em rede, que requer o compromisso dos trabalhadores envolvidos e o dinamismo dos serviços. O simpósio servirá para proporcionar uma reflexão para o atendimento aos pacientes psiquiátricos”, esclarece Manoel Neto. O próximo passo é compartilhar as experiências com profissionais que atuam em municípios do interior do Estado.
Com a presença de cerca de 100 pessoas, o simpósio segue até esta quinta-feira, 22, no auditório Agnano Monteiro Lopes, localizado no Fórum Cível da Capital, antiga sede do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, terceiro andar, praça Felipe Patroni, bairro da Cidade Velha, em Belém. Para maiores informações, os interessados podem ligar para (91) 4006-4304.
