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Mesa-redonda destaca tumores cerebrais, inovações tecnológicas e perspectivas futuras no Congresso de Oncologia do HOL

Debate reuniu os principais nomes de referência nessa área de alta complexidade no País durante o 1º dia do evento científico

Por Leila Cruz (HOL)
15/11/2024 18h12

Especialidade médica voltada para tratamentos cirúrgicos e invasivos de doenças do sistema nervoso central e periférico, a neurocirurgia contou com uma sessão especial, nesta sexta-feira, 15, durante o I Congresso Amazônico de Oncologia do Hospital Ophir Loyola, realizado no Hangar – Centro de Convenções e Eventos da Amazônia, em Belém. A mesa-redonda "Tumores cerebrais, inovações tecnológicas e perspectivas futuras" foi presidida pelo superintendente do Instituto de Neurologia do HOL, Joel Monteiro de Jesus, moderada por José Antônio de Lima e composta pelos palestrantes José Reginaldo Brito, Matheus Reghin Neto, Eduardo de Arnaldo Vellutine  e Vanessa Albuquerque Paschoal Aviz Basto, de São Paulo.

"A neurocirurgia tem evoluído muito nos últimos anos, assim como todo tratamento oncológico. Com o passar do tempo, tanto o conhecimento neuro-anatômico quanto as técnicas têm avançado e, cada vez mais, temos conseguido fazer cirurgias com maior segurança para nossos pacientes", assegura Matheus Regin, neurocirurgião, especializado em cirurgia de base de crânio.

Matheus Regin, que atua no Instituto de Ciências Neurológicas do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo, reconhece a existência de desigualdades regionais na oferta de bons serviços a pacientes. “O principal desafio é ter estrutura, ter material e ter conhecimento igual. Como a neurocirurgia é muito cara, o maior desafio é conseguir ter equilíbrio e conseguir integrar as duas coisas, porque, às vezes, têm neurocirurgiões ótimos e hospitais que não têm estrutura”, argumenta. Em sua palestra, ele abordou “Acessos cirúrgicos a tumores da base de crânio”.

Já Eduardo Vellutine, doutor em Medicina pelo Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, expôs sobre "Tratamento hipofisário invasivo". Ele destacou que os tumores cerebrais são difíceis de tratar e, especialmente por isso, é fundamental o trabalho conjunto entre profissionais de diferentes especialidades. "Junto com otorrino [especialista em ouvido, nariz e garganta], conseguimos uma remoção mais radical possível do tumor, preservando a função do nariz etc. Depois, o endocrinologista (especialista em doenças relacionadas aos hormônios e ao metabolismo), para tratar com medicação, neste caso, radioterapeuta. E, nos tumores mais agressivos ainda, o oncologista atuante com o tratamento quimioterápico. Essa abordagem multidisciplinar é que vai proporcionar melhor resultado para os doentes", garante.

A formação de equipes multidisciplinares para o tratamento dos pacientes, acrescenta Eduardo Vellutine, já é uma prática frequente nos hospitais universitários.

O congresso – Nos dias 15 e 16 de novembro, o evento será realizado das 8h30 às 18h30, no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. A finalidade é promover um espaço de divulgação de pesquisas científicas desenvolvidas no HOL e em outras instituições do Pará, além de debater e disseminar conhecimento científico multidisciplinar nas áreas de referência de alta complexidade, com a presença de especialistas da Amazônia e de outras regiões do Brasil. Os mais de 2 mil congressistas inscritos poderão conferir a exposição do legado de 112 anos do HOL. Estão programados minicursos, jornadas, painéis, simpósios, mesas-redondas e cerca de 220 palestras. Haverá apresentação de e-pôsteres e estandes, com expositores das redes de saúde pública e privada.

Sobre o Hospital - Certificado como Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) e Hospital de Ensino pelo Ministério da Saúde e Ministério da Educação, o HOL participa do Plano Estadual e da Rede de Atenção Oncológica do Estado do Pará. Atende mais de 70% da demanda oncológica paraense, sendo responsável pelo atendimento de adultos com casos de câncer do aparelho ginecológico, urológico e digestivo das regiões de Saúde Metropolitana I, II e III. É referência para o atendimento de todos os tipos de câncer em todas as regiões de saúde do Pará e estados vizinhos. A unidade hospitalar também é referência em neurologia, neurocirurgia e transplantes de córnea, medula óssea e rim. Oferta programas de residência médica, multiprofissional e uniprofissional, e participa de estudos multicêntricos nacionais e internacionais.