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Sespa orienta população para prevenir e tratar diabetes pelo Sistema Único de Saúde

Unidades Básicas de Saúde (UBS) disponibilizam orientações para reduzir as complicações do diabetes associadas a outros fatores de risco

Por Mozart Lira (SESPA)
13/11/2024 15h57

Celebrado todos os anos em 14 de novembro, o Dia Mundial de Combate ao Diabetes enfatiza o alerta para a importância da prevenção e da orientação à população sobre a adesão do tratamento disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), associado às mudanças de hábito e estilo de vida. Para orientações e tratamento, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) destaca a importância das Unidades Básicas de Saúde (UBS).

A Sespa recomenda à população que procure as Unidades Básicas de Saúde (UBS), pois que elas oferecem orientações para reduzir as complicações do diabetes associadas a outros fatores de risco, como tabagismo, inatividade física, alimentação inadequada, sobrepeso e obesidade. 

Por se tratar de uma doença progressiva, se não for tratada adequadamente pode ocasionar complicações, como doenças cardiovasculares, insuficiência renal, cegueira e até amputação de membros, como dedos e pés. 

O atendimento oferece informações para aquisição de medicamentos gratuitos de forma regular e sistemática a todos os pacientes cadastrados. Para ter acesso é preciso que o paciente passe por consulta com o clínico na UBS.

Pelos dados mais recentes do Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica - SISAB, do Ministério da Saúde, 439.077 mil pessoas no Pará estão cadastradas como diabéticas. 

Entre janeiro e setembro deste ano, dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), do Ministério da Saúde indicam que houve 5.586 internações no Pará em decorrência de complicações causadas por diabetes. O número não reflete a quantidade de casos, já que uma mesma pessoa pode ter sido internada mais de uma vez devido às consequências causadas pela doença. 

Veja as internações por faixa etária:

De acordo com a Sespa, em relação às faixas etárias, as mais recorrentes na classificação de internações foram as seguintes: 60 a 69 anos; 50 a 59 anos e 70 a 79 anos. Todas as faixas etárias são atingidas, especialmente mulheres entre 55 e 59 anos, e homens entre 60 e 64 anos. 

Fatores de risco - Para orientar e capacitar os profissionais das Unidades Básicas de Saúde sobre o fluxo de atendimento a pacientes com diabetes, a equipe da Coordenação de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (CDCNT) da Sespa tem realizado atividades em Belém e municípios do interior, que também incluíram assessoramento técnico para a implantação e implementação de ações e Programas, apoiando as Secretarias Municipais de Saúde.

Silvia Corrêa coordena a Coordenação de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (CDCNT) da Sespa“São atividades que alertam para a gravidade da doença associada a outros fatores de risco, como hipertensão, inatividade física, alimentação inadequada, obesidade e tabagismo, que geram impactos econômicos e sociais. Assim, torna-se necessária e permanente a articulação de estratégias de intervenção para prevenção, diagnóstico precoce e controle de diabetes”, explicou Sílvia Corrêa, coordenadora estadual da CDCNT da Sespa. 

A coordenadora lembra que as ações também incentivam a adoção de uma alimentação saudável e balanceada e a prática de atividades físicas, por meio de capacitações para profissionais dos municípios sobre o Guia Alimentar para a População Brasileira, Programa Academia da Saúde, Programa Crescer Saudável e Programa Saúde na Escola. São iniciativas do Governo Federal, orientadas e monitoradas pela Sespa e executadas pelas Secretarias Municipais.

Segundo Sílvia Corrêa, durante as capacitações é sempre esclarecido o fluxo de atendimento para o paciente diabético, que começa nas Unidades de Saúde com as Equipes de Atenção Primária, onde são oferecidas, gratuitamente, ações de prevenção, detecção, controle e tratamento medicamentoso, inclusive com insulina.

Se o paciente apresentar intercorrências nessa fase do tratamento, e dependendo do diagnóstico, pode ser referenciado unidades de média e alta complexidade que mantêm atendimento de referência em endocrinologia.