Seduc qualifica merendeiras da rede estadual com capacitação para manipulação de alimentos
A programação, promovida pela Coordenadoria de Alimentação Escolar (CAE), reuniu mais de 100 profissionais que trabalham em escolas da capital paraense e Região Metropolitana de Belém em prol da segurança e excelência alimentar
A boa alimentação escolar contribui para o desenvolvimento e rendimento dos estudantes, por isso a Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc) trabalha para garantir alimentação de excelência, com qualidade, segurança e cardápio variado nas escolas da rede pública estadual. Nesta sexta-feira, 8, mais de 100 merendeiras, supervisores de alimentação escolar e diretores de escolas participaram da "Capacitação de Manipuladores de Alimentos", promovida pela Coordenadoria de Alimentação Escolar (CAE), ligada à Diretoria de Alimentação e Transporte Escolar (DATE).
"A capacitação para manipuladores de alimentos é de extrema importância para a gente conseguir garantir a segurança alimentar dos alunos. Desse forma, a gente mantém a qualidade nutricional nos alimentos ofertados aos estudantes, além de fazer com que as normas da vigilância sanitária sejam cumpridas e reaplicadas no dia a dia da alimentação, que é um fator muito importante também e assim a gente consegue garantir a segurança dos alimentos, a prevenção de doenças, cumprir as regras legais e fazer uma alimentação saudável e confiada, que beneficia tanto a Secretaria, o nosso corpo de equipe técnico, quanto os alunos, que é quem recebe de fato a alimentação no dia a dia nas escolas", frisou a secretária Adjunta de Logística (SAL) da Seduc, Sandra Kassumi.
Segundo a coordenadora da CAE, Taynara Araújo, é fundamental garantir que os profissionais que trabalham diretamente com a merenda escolar estejam qualificados. "A nossa intenção ao promover essa capacitação é qualificar as merendeiras porque a gente precisa ter um alimento seguro no final, na distribuição para os estudantes. Desde o momento do recebimento da mercadoria dentro da escola, o armazenamento, até o momento da retirada para fazer a preparação, tudo isso que a gente chama de boas práticas de manipulação de alimentos é fundamental para se ter uma excelência alimentar", afirmou.
Ainda segundo ela, é preciso que cada um dos envolvidos compreenda a importância dos processos. "Também temos o propósito de não desperdiçar os produtos e fornecer um alimento seguro no final do fluxo que a gente está fazendo, ou seja, capacitar a manipulação para entender que não adianta planejarmos um cardápio maravilhoso se no final ele não é executado com excelência e esse treinamento é para a gente chegar no máximo da excelência para o aluno ter a satisfação daquela merenda, elogiar, querer comer. Nós queremos uma diversidade de alimentação dentro de cada escola e já estamos procurando muito regionalizar essa merenda e a gente tem uma variedade muito grande agora, a gente está com uma chamada pública, a gente tem um novo pregão, a gente tem agora polpas de frutas nas escolas, a gente tem um açaí que é regional, então a gente melhorou muito, a gente está dando uma aporte maior para as crianças nas escolas", destacou a coordenadora de Alimentação Escolar (CAE).
Toda a programação de qualificação foi elaborada pela equipe técnica de nutrição da Seduc. Com palestras didáticas, as nutricionistas Nelly Diógenes, Flávia Lira, Daniele Lobato e Thaynara Araújo abordaram temas como a importância de saber manusear os alimentos, mantê-los higienizados, o que fazer para eliminar os riscos de contaminações, como armazenar os alimentos.
"Essa capacitação é realizada todos os anos porque são os manipuladores que preparam, que estão à frente da merenda escolar dos alunos e, por mais que a equipe técnica aqui elabore os cardápios, quem executa as atividades são os manipuladores, merendeiras, e é importante reunir, verificar como está a cozinha, como está o material e a gente faz isso durante todo o ano. Aqui na capacitação a gente abrange todos os tópicos necessários para termos êxito no nosso objetivo e assim conseguimos valorizar o trabalho delas e fazer com que façam um trabalho melhor nas escolas em que trabalham", afirmou a nutricionista Flávia Lira.
Na rede estadual há mais de 30 anos, Sandra Gomes é merendeira na Escola Estadual Alexandre Zacarias de Assunção, localizada no bairro do Guamá, em Belém. Para ela, participar desse tipo de qualificação faz diferença no dia a dia de trabalho. “Esse momento é muito importante porque alerta mais a gente, já que a gente trabalha com os alimentos e é sempre bom entender mais sobre isso, principalmente a gente que tem muito tempo, a gente já sabe como é o sistema, é para o bem, é importante. Ainda mais agora que temos coisas mais regionais no cardápio, eu gostei, os alunos gostam muito”, disse.
Conforme a Coordenadoria de Alimentação Escolar (CAE), o objetivo é levar esta qualificação a todos que trabalham com a merenda escolar na rede estadual em 2025. "A gente já melhorou bastante a merenda escolar e hoje temos uma satisfação muito alta dos alunos. O nível está começando a subir e a gente quer aumentar ainda mais. E a gente sabe que o manipulador é muito importante para conseguirmos a excelência na merenda escolar e estamos trabalhando para alcançar mais ainda e esse treinamento hoje foi um ponto focal na Seduc, mas a gente quer regionalizar, quer levar para os municípios e proporcionar esse treinamento, a gente vai fazer educação nutricional nas escolas, queremos ir em cada Diretoria Regional de Ensino para escolher uma escola para ser o ponto focal, que vai disseminar essa educação nutricional dentro de cada escola do Estado", concluiu Taynara.
Avanços - O Pará avançou na melhoria da oferta da merenda escolar e cresceu mais de 416% no repasse de recursos do Plano Estadual de Alimentação Escolar (PEAE) para as prefeituras. A transferência considera um valor per capita que, antes, era de R$ 0,36 centavos por estudante, e passou para R$ 1,50. Esse é o maior crescimento do repasse na história do Pará, superando inclusive o valor destinado pelo Plano Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), atualmente fixado em R$ 0,50 para os ensinos Fundamental e Médio.
Investindo em um cardápio cada vez mais saudável e regionalizado na merenda escolar, o Governo do Pará inseriu o açaí e o cupuaçu, além de polpas de outras frutas regionais, no cardápio dos estudantes.
Texto: Fernanda Cavalcante - Ascom Seduc