Fundação Santa Casa capacita 300 servidores para temas de Saúde e Meio Ambiente
Hospital foca no adequado manejo dos resíduos hospitalares para ampliar a segurança dos profissionais e dos pacientes assistidos
Em Belém, cerca de 300 servidores da área assistencial e trabalhadores de apoio, da Fundação Santa Casa do Pará, participaram do treinamento sobre o descarte adequado dos resíduos sólidos e do lixo hospitalar, promovido pelo Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde do hospital.
Enfermeira da Santa Casa, Lígia Pereira, uma das ministrantes do curso, destaca a importância do manejo correto dos materiais. “O adequado manejo dos resíduos hospitalares é vital para a segurança dos profissionais e dos pacientes que circulam pelo hospital. Ele está diretamente ligado ao controle de infecções e à segurança ocupacional”, explica.
A capacitação mostrou os diferentes tipos de resíduos, e como é possível minimizar os riscos e contribuir com boas práticas para a manutenção da saúde no ambiente hospitalar, contribuindo também com a preservação ambiental.
Os resíduos hospitalares são classificados em cinco categorias: infectantes, químicos, radioativos, comuns e perfurocortantes. Cada um apresenta riscos específicos, como o risco químico, relacionado ao manuseio de produtos como medicamentos e contraste e o risco biológico, que está associado a manipulação de materiais com secreções corporais como gases e luvas com sangue e secreções.
A enfermeira Lígia Pereira enfatiza que a formação adequada ajuda as pessoas a prevenirem acidentes e garantirem um ambiente saudável para todos os envolvidos na cadeia de manejo de resíduos, protegendo pessoas e o meio ambiente.
“Com a segregação correta, a gente reduz o risco de poluição, do impacto ambiental, porque a gente sabe que se um resíduo infectante, com componentes biológicos e químicos, for parar em um aterro sanitário, ele não vai receber o devido tratamento podendo contaminar mananciais, causar doenças em pessoas que trabalham como catadores, e gerar até riscos de epidemias e pandemias”.
O treinamento também exemplificou que nem todo o resíduo produzido nos hospitais é infectante, o enfermeiro Marcos William Gomes, coordena a gerência de higienização da Santa Casa, e ressalta que há materiais comuns, que podem ser classificados em recicláveis e não recicláveis.
Para incentivar as práticas de reciclagem na Santa Casa, reduzir o desperdício e ampliar a consciência ambiental entre os colaboradores, foi iniciada uma ação de reaproveitamento do material usado em mantas impermeáveis do centro cirúrgico, antes eram descartadas.
“A gente já está pensando nas iniciativas sustentáveis, com foco na COP 30, que já é ano que vem. Então, nas visitas aos setores para avaliar os descartes eu observei que as mantas impermeáveis que são utilizadas para fazer a cobertura das caixas cirúrgicas, estavam sendo jogadas fora. Fizemos uma parceria com as coordenações dos centros cirúrgicos, que agora separam esse material e mandam para a gente. Assim transformamos o que ia para o lixo em bolsas que poderão ter utilidade futuramente em eventos na Santa Casa”.
A técnica de enfermagem Mônica Pereira, com 17 anos de experiência na Santa Casa, acredita que o treinamento contribuiu para disseminar bons conhecimentos. “As capacitações ajudam a esclarecer dúvidas e promovem a multiplicação do saber entre a equipe”, afirma.
Com a expectativa de reduzir em até 30% o volume de lixo infectante através do correto descarte, a Santa Casa foca na segurança da saúde, e reafirma o compromisso da instituição com a sustentabilidade e o bem-estar da comunidade assistida.