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HC destaca atuação dos profissionaias nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs)

Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC) valoriza desempenho e reconhece o trabalho complexo e a dedicação das equipes intensivistas

Por Lucila Pereira (HC)
30/09/2024 12h30

A Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC) destaca a importância dos profissionais que atuam nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), reforçando seu compromisso com a excelência no cuidado a pacientes críticos, especialmente, como referência em cardiologia. O Hospital observa que esses profissionais desempenham um papel crucial ao garantir monitoramento constante e intervenções terapêuticas avançadas, promovendo a recuperação dos pacientes em situações de alta complexidade. O HC adere à campanha nacional “Orgulho de ser intensivista”, promovida pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).

A campanha ressalta a relevância das equipes intensivistas que transformam, diariamente, as UTIs em espaços de acolhimento, esperança e cuidado. Em Belém, o Hospital de Clínicas tem 4 UTIs, divididas pelo tipo de paciente: adulto, pediátrica, neonatal e coronariana. No total, quase 300 profissionais integram as equipes. São fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos e assistentes sociais que, ao lado de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além de agentes administrativos e equipes de limpeza, se encarregam 24 horas por dia no atendimento aos internados, que ocupam os 40 leitos de unidades de terapia intensiva do HC. 

Durante o ano de 2023, as 4 UTIs receberam 1.535 internações, a maior parte delas na UTI coronariana, com 727, seguida da UTI Adulto, onde 472 pacientes foram internados. A UTI Pediátrica, a terceira unidade de internações, recebeu 196 pacientes. A chefe da Neonatologia do HC, Dra. Kathia Harada, que é também médica intensivista pediátrica, explica que a rotina de cada UTI é seguida cuidadosamente, garantindo assim a excelência no atendimento. “A gente tem uma rotina: coleta sangue de manhã, avalia os exames, depois a gente senta para fazer um round muito profissional e que a gente fala dos problemas ativos de cada paciente e quais são as metas terapêuticas e o plano terapêutico para aquele paciente, para aquele dia, para aquela semana, ou então para aquelas próximas horas, vai depender da gravidade e cada paciente tem a sua meta, tem o seu plano traçado, a partir daí todos os profissionais têm suas rotinas”, explicou.

Os mais de 70 profissionais que trabalham na UTI Adulto também tem sua rotina própria, como explica o doutor Ademir Correia Filho, chefe da unidade. Segundo ele, “esse plano terapêutico é desenhado, construído com toda a equipe multiprofissional da UTI e tem a finalidade de resolver os problemas que motivaram a ida do paciente para a UTI".

"O médico coordenador, que é a minha função, diferencia os processos, analisa os indicadores, coleta e analisa esses indicadores, analisa possíveis eventos adversos ocorridos na unidade e propõe planos de ação. O médico coordenador é o médico que é o responsável técnico da unidade”, destacou o profissional. Ainda segundo ele, ”a rotina de área de trabalho na UTI é uma rotina complexa. Recebemos pacientes graves oriundos das unidades de internação do hospital, bem como pacientes oriundos de outros hospitais. Buscamos realizar esse atendimento de forma segura para o paciente, buscando a excelência, com qualidade no atendimento e, sobretudo, com humanização, tanto ao paciente quanto aos seus familiares”, complementou. Esse desafio é também compartilhado pela dra. Kathia Harada. ”Eu acho que é um grande desafio, porque, ao mesmo tempo em que a gente está com a cabeça voltada para salvar a vida, ver o que melhor, a gente pode fazer por aquele paciente, a gente não deve esquecer que do lado de cá existem pessoas que estão apreensivas, estão ansiosas, estão sofrendo por conta do que está acontecendo com o seu familiar dentro de uma UTI”, ressaltou o doutor Ademir Correia Filho.

Cuidado multiprofissional - A enfermeira Samantha Cervantes e a fisioterapeuta Sara Maués fazem parte das equipes que atuam nas UTIs do HC. Em comum, além do local de trabalho, elas dividem uma rotina de trabalho pesada, mas com a recompensa de verem os resultados ao fim de cada jornada. A enfermeira Samantha atua na UTI Neonatal, onde, segundo ela, a rotina a coloca diante de “situações limítrofes”. Como ela explica, isso acontece “tanto no que se refere ao quadro de fragilidade da saúde dos bebês, quanto do estado emocional dos pais frente a doença”. Mesmo assim, enfatiza a enfermeira, toda a equipe está empenhada em “prestar cuidados de forma sistematizada e humanizada aos recém-nascidos cardiopatas admitidos na UTI, assim como atender as demandas de seus familiares”.

Os desafios da fisioterapeuta Sara, dentro da UTI Adulto, começam na busca pelo aperfeiçoamento no manejo de equipamentos de suporte à vida, além da tomada de decisões críticas em momentos decisivos e uma comunicação mais eficaz entre os membros da equipe. Todas essas etapas, diz ela, têm um objetivo principal que é: “planejar os atendimentos do turno conforme as demandas estabelecidas pelo Fisioterapeuta junto à equipe multidisciplinar, visando a recuperação funcional e desospitalização do paciente”, afirma Sara.

O resultado desses esforços na busca por um atendimento humanizado e de qualidade tem repercutido positivamente entre os pacientes do HC. É o caso da paraguaia Virgínia Gonzales, designer gráfica, cuja filha nasceu no hospital nos primeiros dias do mês e recebeu cuidados na UTI Neonatal do HC. Segundo Virginia, ainda durante a gestação, no Paraguai, a filha foi diagnosticada com deficiência na artéria aorta e na válvula mitral. “Alguns médicos do Paraguai recomendaram eu vir ao Brasil para ter ela, já que a gente já tinha aquele diagnóstico. Então procuramos um hospital de referência nessa área em Belém do Pará, onde vivem familiares do meu marido”, lembrou Virginia. Ela também recorda que todo o processo entre os primeiros exames no HC e o parto correram, para a sua tranquilidade, bem rápidos. “ Foi muito rápido o atendimento, eu fiquei muito contente, né? Porque fui atendida muito bem pela doutora, que foi muito boa, e em dois dias eu já tinha a data da cirurgia, eu já tinha tudo o planejado, do momento do nascimento até o agendamento da UTI, e nesse caso, ficamos somente fazendo o acompanhamento até ela nascer”, contou. Depois do parto, veio o período de internação na UTI Neonatal, o qual a designer gráfica descreve, de forma agradecida, o tratamento oferecido pela equipe da unidade. “Não tenho palavras para agradecer. A médica que nos atendeu, e toda a equipe da UTI foram excelentes, especialmente me orientando sobre os procedimentos aqui na UTI. Foi uma benção. Aqui encontramos tranquilidade, equipamentos excelentes e um tratamento humanizado. Estou muito feliz!”, comemorou a mãe.

Texto de Felipe Gillet / Ascom HC