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Prêmio Pará Mulher reconhece trabalho em prol da saúde feminina

Por Redação - Agência PA (SECOM)
06/11/2015 20h28

O governador Simão Jatene entregou ao secretário de Saúde de Conceição do Araguaia, William Brito, o Prêmio Pará Mulher 2015, por ter sido um dos nove municípios homenageados pelo destaque no combate ao câncer de mama e colo do útero neste ano. Ocorrida nesta sexta-feira (6), no Palácio do Governo, em Belém, a cerimônia foi uma iniciativa do Núcleo de Apoio à Gestão na Atenção a Mulher (Nagam), da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), em parceria com o Núcleo de Articulação e Cidadania (NAC).

Jatene elogiou o empenho de todos os envolvidos na premiação e o esforço dos municípios homenageados. “É muito bonito isso porque estamos celebrando a vida e a força que ela nos dá de seguir em frente, mesmo com as adversidades operacionais que podem surgir. Lidar com a saúde pública é um permanente desafio e cuidar da saúde da mulher é algo que demanda sensibilidade, rigor técnico e poder de convencimento para que a cidadã seja induzida a se prevenir contra o câncer”, destacou o governador.

Os municípios de Santarém, Conceição do Araguaia e Castanhal conseguir atingir as metas do exame citopatológico, conhecido como preventivo ginecológico, em mulheres de 25 a 64 anos, e exames de mamografia em mulheres de 50 a 69 anos. O prefeito de Santarém, Alexandre Von, o secretário de saúde de Conceição do Araguaia, William Brito, e a secretária de Saúde de Castanhal, Maria Alice Leal, receberam, cada um, uma estatueta, além de equipamentos de escritório e médico para instalação de uma sala para exames ginecológicos. “Desejo manter esse padrão pela saúde feminina ao longo do ano que vem para estar aqui de novo. É um orgulho que as mulheres de Santarém sejam homenageadas por todos vocês”, disse Alexandre Von, que recebeu a estatueta das mãos da primeira-dama do Estado, Ana Jatene.

Além dos três finalistas, outros três foram homenageados por terem se empenhado nos exames citopatológicos do colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos: Curuá, representado pela técnica Valdenira dos Santos; Xinguara, cuja placa foi recebida por Edivaldo Amoras, e São Domingos do Capim, por Geany Brandão. Outros três municípios foram destaques em razão de terem feito exames de mamografia de rastreamento em mulheres de 50 a 69 anos: Ananindeua, representada pelo secretário de Saúde, Paulo Campos; Marituba, pela secretária de Saúde, Helen Guimarães, e Floresta do Araguaia, por Kleber Martins.

Combate – Os dados de exames para a premiação foram extraídos do Sistema de Acompanhamento e Monitoramento da Execução de Políticas Públicas do Ministério da Saúde (Sispacto), pelo qual foi possível traçar um diagnóstico a partir das regiões de saúde, Estados, municípios e Distrito Federal, além de possibilitar ao gestor desenhar ou redefinir planos e estratégias adequadas às necessidades da população a partir da leitura das estatísticas disponíveis.

Durante o evento, a coordenadora do Nagam, Nazaré Falcão, fez um panorama sobre o esforço que as políticas públicas do Pará vêm fazendo para conter o número de casos de câncer de mama e do colo do útero.

“Não temos outro discurso de convencimento que não seja de colocar na cabeça da mulher a importância do diagnóstico precoce, já que são maiores as possibilidades de cura. Perdemos 271 mulheres para o câncer no útero em 2014, mas avançamos nas estratégias de prevenção porque de 2010 a 2014 registramos um aumento de 57,5% no número de mamografias. Vamos continuar porque queremos homenagear os demais municípios. Se descoberto em fase inicial, as chances de cura são de mais de 90%. Por isso, a importância de conscientizarmos cada vez mais a população e incentivarmos a procura por atendimento médico”, disse.

Segundo o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), em 2014, no Pará, foram feitas 47.617 mamografias em mulheres na faixa etária preconizada pelo Ministério da Saúde para prevenção do câncer de mama – 50 a 69 anos – e 2.402 mamografias em mulheres de outra faixa etária. Em 2015, os registros mostram que, de janeiro a abril, foram feitas 15.530 na faixa etária preconizada e 616 em outra faixa etária. A meta para os Estados é de 10% das mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos, que devem fazer mamografia.

A estimativa é que a meta seja maior a cada ano. Em 2011, foram feitas no Pará 12.280 consultas com mastologistas e, ao final de 2014, esse número pulou para 37.235 consultas. Também no Estado o câncer de mama é a primeira causa de óbito na população feminina: em  2014 morreram 271 mulheres por câncer de colo do útero e outras 264 por câncer de mama.

“Creio que essa gana por cuidar de todos os envolvidos aqui seja disseminada nos municípios, mesmo com todos os desafios impostos pela gestão da saúde pública”, assinalou a secretária adjunta de Saúde Pública, Heloisa Guimarães, ao afirmar que a política de saúde da mulher também implica na progressiva melhoria do sistema, da qualidade de informação e dos treinamentos oferecidos aos profissionais de saúde, que resultarão em um pré-natal mais qualificado, na diminuição do índice de sífilis congênita e na maior adesão ao parto natural. 

Entre 2010 e 2014, observou-se um aumento de 57,5% no número de  mamografias de diagnóstico e de rastreamento no Pará. No período de cinco anos, de 2010 a 2014, houve aumento de 890% no número de cirurgias para retirada de nódulo de mama, procedimento realizado entre uma parceria da Unidade de Referência Materno Infantil (Uremia) e Hospital Jean Bitar. Entre 2010 e 2014, houve aumento de 371% no número de biópsia de mama,  conhecido com exame anatomopatológico.

Procedimentos no Pará:

Mamografias feitas em 2014: 52.282

Mamografias de rastreamento em mulheres de 50 a 69 anos: 25.645

Ultrassonografias de mama: 24.687

Exéreses de nódulo mamário (cirurgia para retirada de nódulo de mama): 436

(Colaborou Erika Torres, da Ascom NAC)