Combate ao HIV é um dos temas da Parada Gay de Belém
O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), vai às ruas mais uma vez para integrar forças ao Grupo Homossexual do Pará (GHP), em prol da causa LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais), durante a 16ª Parada do Orgulho LGBTI de Belém, que ocorre no próximo domingo, 29, e terá como tema “Juventude e População LGBTI: Consciente e Prevenida no Combate ao HIV”.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), por meio das polícias civil e militar, assim como Corpo de Bombeiros, destacou efetivo para garantir a segurança do público participante durante todo o percurso do evento. A Prefeitura Municipal de Belém (PMB) também disponibilizará um contingente de 100 homens da Guarda Municipal para atender a parada.
A Sejudh levará à população ações da campanha “Respeito não tem gênero”, lançada em maio deste ano. “Vamos ter um trio elétrico específico com jingles e músicas temáticas que fazem referência à temática proposta. E esse é um diferencial, porque é a primeira vez que o Governo vai ter um carro específico para trabalhar o enfrentamento à LGBTfobia durante todo o percurso da parada. Além disso, vamos distribuir folders e preservativos aos participantes”, explicou Beto Paes, gerente de livre orientação sexual.
O percurso da parada sofreu algumas alterações este ano. A concentração ocorrerá a partir do meio dia na escadinha da Estação das Docas, com saída prevista para as 15h, seguindo da avenida Presidente Vargas à avenida Nazaré, com encerramento no final da Av. Magalhães Barata, no bairro de São Brás.
Arte na diversidade
O espetáculo "Eu no espelho, Sara de Monteserrat 25 anos" será apresentado nos dias 30 e 31 de outubro, às 20h, no Teatro Margarida Schivasappa. Com entrada franca, a iniciativa faz parte do calendário de eventos da 16ª Parada do Orgulho LGBTI de Belém em 2017.
O evento representa um marco no universo LGBTI e conta um pouco da trajetória de André Freitas, que interpreta a Drag Queen Sara de Monteserrat, como militante LGBTI. "Lembro que comecei em um fundo de quintal em cima dos engradados e hoje eu vou estrear em um grande templo da arte e da cultura do Pará, que é o Teatro Margarida Schivasappa”, comenta André Freitas.
A representatividade da arte Drag Quenn em um evento de tamanha proporção é um grande reconhecimento na carreira de artistas da noite, um fortalecimento qualitativo para a cultura LGBTI na questão da representação do teatro, da interpretação e da música.
Convidada para compor o espetáculo, Bárbara Pastana mais conhecida como "A Dama", ressalta a importância da apresentação. "Fiquei muito feliz em ter sido convidada para fazer parte dessa homenagem. Eu acho que a gente, enquanto movimento e artistas da noite, ganha muito através do espaço que estamos recebendo”, destacou.
O espetáculo é composto de nove artistas em cena, além de coreógrafo, Vdj, iluminação, produção, projeção de cenários virtuais, entre outros e tem como expectativa atrair ao todo mais de 400 pessoas. “Esse trabalho acontece de forma colaborativa. Essa é a fórmula do sucesso”, afirma o diretor do espetáculo, Afonso Galindo.
Com a colaboração de Nayara Santos