Escolas estaduais participam do projeto Rios de Inclusão
A escola pública reafirmou neste sábado (14) sua importância estratégica para que cidadão com deficiência, em especial crianças e adolescentes, tenham acesso à educação, como processo de inclusão social. Oito escolas públicas, as quais entre três estaduais e cinco municipais, em Belém, sediaram a primeira ação do projeto Rios de Inclusão, do Governo do Estado, em parceria com a Prefeitura de Belém e o Fundo das Nações Unidas para a Infância - Unicef, que possibilitou que famílias no entorno dessas unidades escolares conhecessem os serviços prestados na área de educação especial nas escolas. Somente na rede estadual de ensino, com mil escolas, é atendido um universo de 9.500 estudantes em Belém e interior do Estado.
A programação intitulada Ação Cidadania Inclusiva mobilizou a secretária extraordinária de Integração de Políticas Sociais, Izabela Jatene; o secretário adjunto de Ensino da Secretaria de Estado de Educação, Roberto Silva, representando a secretária de Educação, Ana Cláudia Hage; o comandante Militar do Norte, general de Exército Oswaldo Ferreira; o presidente da Fundação Pro Paz, Jorge Bittencourt; a coordenadora de Educação Especial da Seduc, Kamilla Vallinoto; o coordenador do Unicef em Belém, Fábio Atanásio, e diretores de escolas.
Ambiente escolar
Na rede estadual de ensino, a ação do projeto Rios de Inclusão ocorreu das 8 às 12 horas, na Escola General Gurjão, no bairro da Cidade Velha; Escola Carlos Guimarães, no bairro da Marambaia, e na Escola José Alves Maia, no bairro do Telégrafo.
Na Escola General Gurjão, na rua Triunvirato, entre Almirante Tamandaré e Ângelo Custódio, os gestores do Rios de Inclusão foram recepcionados pela diretora Jorgina Barros. Na escola, técnicos orientaram familiares de crianças e adolescentes sobre a importância do acesso desses cidadãos aos serviços prestados na rede pública de escola.
“É a primeira vez que estamos nesta escola e ela está muito bonita e equipada. O meu filho Lucas Brito tem baixa visão e ele estuda na Escola Estadual Paulino Brito. É fundamental que os pais busquem o que é melhor para os seus filhos e a escola é o começo desse processo. Vou falar sobre esse projeto a pessoas que têm criança com deficiência”, afirmou a dona de casa Silvana Ferreira, 38 anos, junto com outros pais e filhos na General Gurjão. A escola conta com piso tátil, sinalização, banheiros adaptados, rampas de acesso a salas de aula e outras serviços e ações para atendimento de 61 alunos com deficiência matriculados na escola e os que residem na área de entorno da instituição.
Na escola houve, ainda, a Cantata de Natal, a cargo do Coral do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), do bairro do Jurunas; jogos de goalball (futebol para cegos), visita às dependências da escola e atendimento por parte de profissionais da área de saúde pública, foram repassadas orientações ao público pelo Instituto Paraense de Toxina Botulínica (IPAT), pela Coordenadoria de Educação Especial (Coees) da Seduc, Funpapa e outros parceiros do projeto.
Superação
O momento na Escola General Gurjão e nas outras escolas da programação de sábado serviu para mostrar às famílias a necessidade que a criança com deficiência permaneça na escola, superando eventuais dificuldades e discriminação, que muitas vezes acabam afastando as crianças da escola, como ressaltou a secretária Izabela Jatene. “E a escola é um espaço fundamental para a socialização das crianças com deficiência. A programação de hoje (14) funciona como uma busca ativa, dizendo que quem está fora precisa vir, e aqui na escola crianças que não têm deficiência se colocaram no lugar das que tem, como se viu no goalball, e isso é fundamental para a cultura de paz e de respeito ao outro”, completou.
O secretário adjunto Roberto Silva, da Seduc, afirmou que “este é um momento de integração, de se mostrar a articulação de todos, e este é o primeiro passo que as instituições estão dando de dentro para fora para trazer as famílias para conhecer o trabalho que é feito nas escolas para a efetiva inclusão”. A coordenadora da Coees, Kamilla Vallinoto, destacou que o atendimento educacional especializado para alunos e comunidade em todos tipos de deficiência, sendo 615 escolas na rede estadual com esses serviços atendendo 9.500 estudantes.