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CIIR garante visibilidade aos povos originários com ampla programação cultural 

Instituição promoveu roda de conversa sobre a temática 'Cultura e tradição indígena', com lideranças indígenas como facilitadores

Por Pallmer Barros (CIIR)
09/08/2024 12h43

Após quatro dias que celebraram o “Dia Internacional dos Povos Indígenas” - enfatizado anualmente em 9 de agosto, o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, encerrou, nesta sexta-feira (8), a vasta programação que deu visibilidade às tradições dos povos originários. O evento promoveu a conscientização sobre inclusão na sociedade a partir de diversas temáticas tais como saúde e educação, data que alerta ainda aos direitos e às garantias previstas na Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas. 

Em parceria entre o Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) e o setor de Arte e Cultura, a instituição promoveu roda de conversa sobre a temática “Cultura e tradição indígena”, tendo como facilitadores a liderança indígena da etnia Guajajara que foi representada por Háyra Guajajara e Ytahy Guajajara, e contou com a mediação de Ayrton Castilho.  

A programação iniciou na terça-feira (6) com a 7ª edição de 2024 da “Feira Inclusiva de Empreendedores” que contou com a participação de diversas etnias, tais como: Galibi Marworno e Guajajara, que expuseram a comercialização de acessórios e grafismo, indígenas, em meio a produtos alimentícios; peças de vestuário; artesanatos; decoração; acessórios inclusivos e papelaria, que são produtos encontrados em todas as edições do Comércio Inclusivo no CIIR.

Estreando na Feira de Empreendedores, a liderança indígena Háyra Guajajara, pontua a importância do espaço que celebra o “Dia Internacional do Povos Indígenas” ao considerar que se dá pela luta em sociedade a fim de dar visibilidade a sua cultura, retratando a vivência por meio de atividades como o grafismo e artesanato que representam sua etnia.

“Cada adereço tem um significado. Quando você coloca um adereço em si, está trazendo a raiz, o que eles representavam há muito tempo, a exemplo do grafismo e da pintura, que a gente usa muito. Não é simplesmente um grafismo; representa a nossa luta, a vivência. Nós usamos muito o grafismo e os adereços quando estamos em eventos, quando tem festas nas aldeias. Isso nos representa: os nossos antepassados”, pontuou a indígena convidada.

Tendo pela primeira vez o contato bem de perto com a cultura indígena, Clara Abreu, de 25 anos, aproveitou o evento para conhecer e dialogar com a temática. “Sempre tive vontade de conhecer a cultura indígena de perto. Só conheço a distância. Pretendo um dia visitar uma comunidade in loco para vivenciar. Adoro debater o tema e sou defensora dos direitos dos povos indígenas. São etnias que devemos respeitá-las e fomentar a cultura, afinal, somos originários delas. A história confirma”. 

Incentivo - Organizada pelo setor de Arte e Cultura, a Feira de Empreendedores surgiu a partir da constatação de que algumas mães faziam vendas esporádicas nos ambientes do CIIR, justamente quando estavam à espera de atendimento aos filhos. Elas ofereciam seus produtos nas recepções da unidade. 

Diante disso, o Centro de Reabilitação decidiu, a partir de 2022, promover o espaço empreendedor, levando em consideração que a maioria das famílias têm a necessidade de aumentar a renda, pois não atua no mercado de trabalho formal por precisarem acompanhar seus entes de forma integral. 

Segundo a supervisora do setor de Arte e Cultura e uma das organizadoras do evento, Denise Morais, todo dinheiro arrecadado com a comercialização dos produtos fica com o próprio empreendedor. “O CIIR não cobra taxa de participação no evento. É uma oportunidade única que os acompanhantes, principalmente, as mães, aproveitam em meio aos atendimentos para apresentarem seus produtos e serviços à comunidade do Centro de Reabilitação e ampliar a sua rede de vendas”.  

Critérios de participação - A organização da Feira mantém regras para a venda dos produtos, principalmente, de higiene no manuseio de alimentos para evitar infecções. 

Desta maneira, são atendidos todos os protocolos do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH). "Os alimentos devem estar embalados e não podem ser manipulados na área de venda. Por isso, há um local específico na orla do CIIR para consumir os alimentos e, assim, não haver problemas com infecções na área interna”, informou Brena Santos, enfermeira do SCIH. 

Referência - O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento das unidades de Saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual (SER).

Serviço - O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação é um órgão do Governo do Pará administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na Rodovia Arthur Bernardes, n° 1.000, em Belém. Mais informações: (91) 4042-2157/ 58 /59.