Semas apoia projeto 'Vitrines da Bioeconomia', que divulga produtos sustentáveis da Amazônia
O projeto traz a proposta de levar produtos sustentáveis produzidos no estado para exposição em diversos lugares do mundo
O projeto 'Vitrines da Bioeconomia', que divulga produtos sustentáveis da Amazônia em diversos lugares do mundo, ganhou apoio do Governo do Pará por meio da Semas. O anúncio foi feito pelo secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida, nesta quinta-feira, 1º de julho. A pasta entra com recursos do programa “Floresta em Pé”, fruto da colaboração financeira da Alemanha, por meio do banco de desenvolvimento KfW.
O anúncio ocorreu dentro da programação do Bioeconomy Amazon Summit (BAS). O evento, promovido pelo Pacto Global da ONU - Rede Brasil e pela gestora de venture capital KPTL, reuniu, no Hangar, em Belém, 80 empresas inovadoras, incentivando o desenvolvimento de 60 delas, além de uma intensa agenda de discussões sobre o papel da inovação e do empreendedorismo na agenda global de mudanças climáticas.
A 1ª edição do BAS conta com o apoio institucional do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).
“Gostaria de anunciar que a Semas vai apoiar o desenvolvimento desse projeto, em parceria com a Assobio, dando visibilidade para os produtos da bioeconomia para que na COP 30, no próximo ano, possamos espalhar o projeto pela Região Metropolitana levando os nossos visitantes a conhecer e entender melhor as oportunidades de uma nova economia, nova para alguns, mas não para nós, que a entendemos como um reencontro com as nossas origens ancestrais. Vamos apoiar financeiramente o desenvolvimento desse projeto, vitrine da bioeconomia, para que ele se torne, acima de tudo, uma política pública”, disse o secretário.
Mauro O’de Almeida destacou ainda as bases da criação do Plano Estadual de Bioeconomia. "Essa política foi iniciada em 2021, quando realizamos em Belém o Fórum Mundial de Bioeconomia, começando a construir as diretrizes para o Plano de Bioeconomia, que agora está prestes a completar dois anos de implementação. Este plano é não apenas uma satisfação pessoal para mim, mas uma certeza de que podemos realizar uma transformação econômica através da bioeconomia com soluções baseadas na natureza. Agradeço muito por estar aqui neste momento e tenham certeza de que trabalharemos juntos para fazer uma grande entrega na COP 25 e provar que nós, amazônidas, podemos ser um elemento transformador global da nossa economia", afirmou o titular da Semas.
Paulo Reis, dono da empresa Manioca e presidente da Associação dos Negócios da Sociobioeconomia da Amazônia (Assobio), disse que a Semas será importante para melhorar o projeto, que terá várias exposições dos produtos.
“Estamos aqui na programação do Summit de Bioeconomia fazendo o primeiro piloto do projeto Vitrines da Bioeconomia, que é uma coisa pensada pela Assobio e também pensada pela Semas, e agora a gente acabou de ter um anúncio do secretário Mauro O’de Almeida falando sobre um apoio financeiro que a Semas vai disponibilizar para que a Assobio se organize, aprimore e desenvolva esse projeto para que com esse conceito bem desenvolvido a gente consiga, até a COP, fazer vários momentos dessa vitrine que gera exposição e tanto protagonismo para a bioeconomia”
A Assobio tem 74 negócios associados de diversos setores, como alimentos, bebidas, acessórios, cosméticos, entre outros.
O nosso propósito, segundo Paulo Reis, é fortalecer pequenos e médios negócios da bioeconomia, buscando vantagens e melhorar a competitividade dos negócios. “A gente tem como preocupação também a defesa da importância de pequenos e médios negócios para o desenvolvimento da região amazônica. Esse pequeno e médio negócio tem capacidade de dar resiliência, trabalhar com uma diversidade enorme de produtos da biodiversidade”, disse.
O Programa Floresta em Pé é resultado da cooperação financeira entre os governos da Alemanha e do Brasil, através do KfW Banco de Desenvolvimento, e é gerenciado pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS)
O objetivo é contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento, valorizando a floresta amazônica em pé por meio da promoção da bioeconomia, do apoio no controle do desmatamento e do fortalecimento da governança ambiental nos estados do Amazonas e Pará.
O “Vitrines da Bioeconomia”, que conta com o apoio do Mercado Livre, teve a sua primeira exposição na programação do Bioeconomy Amazon Summit.