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Fotografia de ararajuba conquista segundo lugar em concurso promovido pelo CNPq

O autor é biólogo do Projeto de Reintrodução e Monitoramento de Ararajubas na Região Metropolitana de Belém, parceria entre Ideflor-Bio e Fundação Lymington

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
10/07/2024 17h38

Foto premiada

A fotografia de uma ararajuba, capturada pelo biólogo Marcelo Rodrigues Vilarta, conquistou a segunda colocação no Prêmio de Fotografia – Ciência e Arte – Edição 2023, promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A imagem, intitulada "Forrageamento em vida livre", foi premiada na categoria Imagens Produzidas por Câmeras Fotográficas - Ambiente natural e antrópico.

Marcelo Rodrigues Vilarta é biólogo do Projeto de Reintrodução e Monitoramento de Ararajubas na Região Metropolitana de Belém, conduzido pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), em parceria com a Fundação Lymington. Segundo o vencedor, a fotografia desempenha um papel crucial no trabalho de conservação, tanto pela documentação das atividades das aves quanto pelo seu valor artístico e de divulgação.

"Desde sempre a fotografia foi muito importante no nosso trabalho", afirma Vilarta. "Não só pela questão de registrar simbolicamente as aves voando, se alimentando, o sucesso delas aqui no parque, mas também por uma questão técnica. Através da fotografia, consigo marcar rapidamente uma ação, postura ou comportamento que não poderia detectar normalmente”, frisou.

Ele acrescenta que a fotografia também tem um aspecto artístico significativo. "Nos esforçamos para que as fotos fiquem mais bonitas possíveis, para divulgar no site, na página e em materiais de divulgação. Quando conseguimos fazer uma fotografia informativa e artisticamente qualificada, é extremamente gratificante, ainda mais quando é reconhecida em um prêmio”, disse o especialista.

Segundo o diretor de Gestão da Biodiversidade, Crisomar Lobato, a foto que conquistou o segundo lugar foi feita nos primeiros meses de liberdade de uma ararajuba que havia sido solta após um ano de preparação no viveiro de aclimatação e treinamento. “Ela demonstrou grande habilidade em procurar e processar o alimento em vida livre, mesmo tendo acesso a comida suplementar. O murici é um dos itens preferidos das ararajubas. É um fruto nativo da Amazônia que apresenta grande representatividade na composição florística nas vegetações de terra firme e campinas do Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, o que proporciona às ararajubas disponibilidade alimentar”, enfatizou.

Sobre o concurso - Em sua décima terceira edição, o Prêmio de Fotografia – Ciência e Arte recebeu 432 inscrições e premiou seis trabalhos, divididos em duas categorias: imagens produzidas por câmeras fotográficas e imagens produzidas por instrumentos especiais, como microscópios e telescópios. Os critérios de avaliação incluíram impacto visual, originalidade, domínio da técnica e estética, relevância da imagem para a pesquisa e contribuição para a popularização e divulgação científica e tecnológica.

A premiação de Marcelo Vilarta ocorreu em Belém, durante a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre até 13 de julho, na Universidade Federal do Pará (UFPA). A cerimônia contou com a presença de dirigentes do CNPq e outros representantes da comunidade científica.

Reconhecimento - O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, afirmou que o registro é um marco significativo para o Instituto e para o Projeto de Reintrodução e Monitoramento de Ararajubas. “A imagem capturada por Marcelo Rodrigues Vilarta não apenas celebra a beleza da nossa fauna, mas também ressalta a importância da conservação e dos esforços contínuos para proteger e reintroduzir espécies nativas em seus habitats naturais. Este prêmio evidencia o compromisso e a dedicação de nossa equipe em promover a biodiversidade e a conscientização ambiental”, destacou.

A seleção dos trabalhos foi feita por uma comissão julgadora designada pela Diretoria de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação (DCOI) do CNPq, composta por representantes da comunidade científica e tecnológica e bolsistas de Produtividade em Pesquisa (PQ) do CNPq. As propostas foram analisadas de acordo com critérios rigorosos estabelecidos no edital do prêmio.

Das 432 inscrições recebidas, 249 foram pré-selecionadas pela equipe técnica do CNPq, com 172 trabalhos na Categoria I (Imagens produzidas por câmeras fotográficas) e 77 na Categoria II (Imagens produzidas por instrumentos especiais). A premiação não só celebra a excelência técnica, mas também destaca a importância da arte na comunicação científica.