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Semas participa em Brasília de simpósio sobre monitoramento e combate a incêndios florestais

Objetivo do evento é reunir diversas instituições envolvidas com a temática do fogo para discutir governança, estratégias e ferramentas de prevenção, monitoramento e combate aos incêndios florestais

Por Igor Nascimento (SEMAS)
05/07/2024 21h55

Na última quinta-feira (04), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) encerrou sua participação no 1º Simpósio Nacional sobre Gestão do Fogo (Sinafogo), para avanços no conhecimento sobre os incêndios florestais (monitoramento, ecologia e manejo integrado do fogo). O objetivo do evento é reunir diversas instituições envolvidas com a temática do fogo para discutir governança, estratégias e ferramentas de prevenção, monitoramento e combate aos incêndios florestais.

O evento foi organizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), através do projeto Prevfogo, que é a principal estrutura federal no país com atuação tanto na questão do combate direto aos incêndios florestais e queimadas não autorizadas, quanto na indução de mudança da cultura do uso do fogo na agricultura. Além disso, destaca-se a relevância da pesquisa científica no contexto do Manejo Integrado do Fogo (MIF), especialmente considerando a crescente interação entre as mudanças climáticas e o aumento de incêndios florestais.

A coordenadora do Comitê de Monitoramento e Planejamento Estratégico para Fiscalização (Cfisc), Jakeline Viana, relata que a convite do IBAMA, a Semas enviou representantes para acompanhar o evento, que teve a primeira mesa de abertura com representantes do IBAMA, Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM)

“No primeiro dia participamos de discussões que buscavam desmistificar do uso do fogo e diminuir essa conotação negativa, teve uma mesa específica para falar sobre a importância do diálogo e envolvimento das comunidades tradicionais na gestão e pesquisa de manejo integrado do fogo, no final do dia teve uma mesa específica sobre o monitoramento e a prevenção de incêndios florestais, foi interessante, porque trouxe dados que a gente utiliza bastante, como os dados do foco de calor e outros produtos gerados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

No segundo dia de evento, os técnicos acompanharam a palestra ministrada por uma representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o evento também dispôs de uma mesa redonda sobre o uso de retardantes em combates de incêndios florestais, além de painéis temáticos sobre efeitos do fogo sobre a fauna e efeitos sobre a flora e recuperação de áreas degradadas por incêndios florestais na Amazônia e no Cerrado.

O diretor de Fiscalização Ambiental, Tobias Brancher,  explica que participou das discussões sobre o uso do fogo pelo mundo e seus aprendizados com as experiências mundiais e aplicação no Brasil e mapeamento de gestão de fogo na Amazônia ministrado por especialistas do Ibama/Prevfogo e Ipam.

“Ocorreram painéis temáticos de boas práticas em queimas controladas, queimas prescritas e uso tradicional do fogo, e sobre Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo (PL 1818/2022), que foi aprovada pelo senado na última quarta-feira (03) que tem o objetivo de prevenir a ocorrência e reduzir a incidência dos danos causados por incêndios florestais, aumentar a capacidade de seu enfrentamento e promover o uso do fogo de forma controlada, além disso, também teve um painel específico para os efeitos das queimadas sobre a fauna e a questão da recuperação dessas florestas degradadas pelo fogo”, finaliza.

Texto: Vinícius Silva - Ascom Semas