Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
SAÚDE

HC atendeu mais de 180 crianças cardiopatas em programa de prevenção a doenças respiratórias graves

A medicação Palivizumabe é disponibilizada no SUS e protege contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que pode causar pneumonia e bronquiolite em crianças menores de dois anos

Por Lucila Pereira (HC)
05/07/2024 17h14

Equipe do Programa PalivizumabeA equipe de imunização do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC) finalizou no mês de junho o cronograma anual do programa Palivizumabe, medicação usada na prevenção ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR), causador de doenças respiratórias graves. O Palivizumabe é aplicado semelhante a uma vacina indicada para prematuros nascidos com menos de 28 semanas; crianças com idade inferior a 2 anos com displasia broncopulmonar e crianças com idade inferior a 2 anos com doença cardíaca congênita com repercussão hemodinâmica, sendo este último o público atendido no HC.

O objetivo do Programa Palivizumabe, realizado na região Norte sazonalmente entre janeiro e junho, é proteger as crianças mais vulneráveis durante o período de maior risco de infecções respiratórias. 

PalivizumabeO Palivizumabe é um anticorpo monoclonal administrado sazonalmente, ou seja, em um determinado período do ano, para prevenir infecções pelo VSR, particularmente em bebês prematuros e crianças menores de dois anos com doenças cardíacas congênitas. 

A cardiopediatra Josélia Mansour explicou a importância do medicamento. “Por não ter tratamento específico contra esse vírus e ele ser causa frequente de complicações respiratórias nos cardiopatas, é indicado que essas crianças recebam uma dose por mês desse anticorpo, iniciando um mês antes do período de maior risco de contaminação”, explicou a chefe da pediatria do HC. 

“O Palivizumabe é um imunizante contra o Vírus Sincicial Respiratório, que costuma causar casos graves de inflamação nos brônquios e pneumonia em crianças cardiopatas não operadas ou em pós-operatório recente, principalmente abaixo dos 2 anos, aumentando o risco de internação hospitalar (inclusive em UTI) desses pacientes”, complementou.

Lilian Nahum e o pequeno Fabiano, de 1 ano, que faz uso da medicação desde quando nasceu, no HCLilian Nahun, mãe do pequeno Fabiano, de 1 ano, que recebe as doses do Palivizumabe no HC desde que nasceu, expressou seu alívio e gratidão. “O Fabiano faz acompanhamento desde a barriga, quando descobriu a cardiopatia, nasceu no HC e hoje é o segundo ano que ele faz o Palivizumabe. Quando ele nasceu, ficou 37 dias na UTI e aí já tomou a primeira dose. Ele fez três doses em 2023 e agora ele está finalizando as cinco doses, sendo uma por mês, de janeiro a junho. O atendimento é excelente, não tenho do que me queixar. Desde o pré-natal e todos os meses, no acompanhamento do medicamento”, relatou. 

“O Fabiano é uma criança saudável, mesmo sendo cardiopata, quase não gripa, quase não pega um resfriado, por conta da medicação. Isso ajudou muito”, pontuou a mãe do paciente.

Neste ano, o HC conseguiu alcançar um número significativo de 184 crianças atendidas, garantindo a aplicação completa das doses necessárias para a prevenção do VSR. No ano passado, 160 crianças foram atendidas pelo programa.

Gabriel Maia, enfermeiroServiço – O programa Palivizumabe é um programa nacional e sazonal que, na região Norte, tem como período de aplicação janeiro a junho, por ser o período no qual ocorre a maior incidência de contaminação pelo VSR.

A criança de menos de dois anos diagnosticada com uma cardiopatia congênita, que apresenta repercussão hemodinâmica, é direcionada ao ambulatório do HCGV para fazer as doses da substância. São até cinco doses por período sazonal, conforme a idade da criança e o mês de início. O paciente recebe encaminhamento ao realizar consulta com pediatra ou cardiopediatra. Na rede privada, o profissional que encaminha emite um laudo relatando o quadro clínico da criança e informando que aquela criança precisa entrar no programa. Crianças que nascem ou estão internadas no HCGV e apresentam os critérios de inclusão, são avaliadas pelo médico do atendimento e incluídas no programa. Se necessário, pode ocorrer a aplicação da dose durante o período de internação”, detalhou o enfermeiro Gabriel Maia, responsável pelo serviço no HC.