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Alunos e pais vivenciam história dos povos negros na escola

Por Redação - Agência PA (SECOM)
26/11/2015 14h49

O que significa um grupo de estudantes e seus pais em uma escola pública desenharem o mapa da África, em plena Semana da Consciência Negra?  Uma resposta é a expressão do interesse dos membros da comunidade escolar em conhecer  o processo de construção da sociedade brasileira, reunindo povos diferenciados em sua história e cultura, como a dos povos negros, trazidos do continente africano. Essa proposta foi colocada em prática esta semana na Escola Estadual de Ensino Médio Manoel Leite Carneiro, no bairro do Tenoné, em programação alusiva ao Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado no dia 20 deste mês.

Alunos em idades variadas participaram de atividades como a confecção de vestimentas e de instrumentos musicais africanos. Os estudantes atuaram em uma gincana de construção do mapa da África. Nesse processo tiveram a contribuição dos pais, que tomaram parte e conferiram outras atividades na unidade escolar.

Cristovam Neto, um desses pais de estudantes, ressaltou seu engajamento na educação do filho.  “Eu faço questão de ajudar na vida escolar do meu filho. Sempre arranjo um tempo para participar das atividades com ele. Um evento como esse sobre a cultura afro-brasileira acho mais importante ainda; eu  sempre converso com o meu filho sobre questões do preconceito e racismo”, observou.

Interatividade

Na quarta-feira (25), os estudantes e comunidade perto da Escola Manoel Leite  fizeram um cortejo no entorno desta unidade de ensino. Os alunos exibiram as vestimentas e instrumentos musicais que confeccionaram nas oficinas. A programação na escola contou, também, com palestras enfocando conceitos e aspectos da história e cultura africana afro-brasileira, a cargo de antropólogos, advogados e pedagogos ligados ao movimento negro. A programação foi fundamentada na Lei nº 10.639/2003, que estabelece o ensino da cultura e história dos povos negros nas unidades escolares do País.

 Para o aluno João Victor Alcântara, 16 anos, o evento serviu  como alerta buscando reduzir o preconceito e racismo. “Em todo lugar existem pessoas com preconceito contra cidadãos negros; mas, alertando e esclarecendo, podemos acabar ou diminuir com essas práticas. Devemos muito respeito aos povos negros, que participaram e participam da construção do Brasil”, afirmou.

*Com a colaboração de Bruno Barbosa