Fundação Santa Casa do Pará comemora Dia do Hospital nesta terça-feira (2) em Belém
Instituição destaca a importância dos hospitais públicos no Brasil, e os serviços prestados gratuitamente para a população paraense
O Dia do Hospital, comemorado neste dois de julho, objetiva reforçar a importância dos hospitais no Brasil, bem como consagrar os serviços prestados pelas instituições às pessoas que deles necessitam. A Fundação Santa Casa vê a data como uma forma de conscientizar sobre a relevância dessas estruturas para a sociedade e as maneiras de melhorar o atendimento, a fim de que consigam atender às necessidades da população e de homenagear os profissionais que trabalham na área da saúde.
A data, instituída pelo Decreto nº 50.871/1961, homenageia o dia de fundação do Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Santos, no estado de São Paulo, considerado um dos maiores do Brasil. Na região norte do país, a Santa Casa do Pará é uma das referências na área materno infantil e na formação de profissionais de saúde
Para a médica Norma Assunção, diretora Técnica Assistencial, a Santa Casa tem três hospitais em um. “Temos um hospital geral, uma maternidade e uma neonatologia gigantes, que realmente representa para a Amazônia e até para o Brasil, um hospital com muitos leitos. Um hospital que tem um grande volume de atendimentos e uma prestação de serviços gigante para nossos usuários”.
Gleice Viana, moradora de Mão do Rio, nordeste do Pará, teve seu filho prematuro na Santa Casa, em março, que só recebeu alta em maio. “A gente ficou na UTI por quase dois meses, aí passamos pela UCI, Canguru, e agora estamos na consulta do retorno da terceira etapa, e esse acompanhamento vai continuar até os quatro anos de idade do meu filho. E nesse primeiro momento que passamos na Santa Casa, o atendimento foi essencial para mim e meu filho. Precisei dos médicos, dos enfermeiros e outros profissionais e foram excelentes em tudo. Saber tirar as dúvidas, inclusive nos exames era fundamental. Fizeram as medicações devidas, fizeram tudo que tinham ao alcance para que o Bento (referindo-se ao filho) tivesse alta logo, para que ele evoluísse, para que conseguisse mamar no meu peito, além de tomar as vacinas no hospital”.
Érica Cavalcante, diretora de Ensino Pesquisa e Extensão da Fundação Santa Casa, destaca que o hospital contribui para a sociedade, inclusive na área de ensino porque a instituição está vinculada às universidades, principalmente as universidades públicas de ensino em saúde. “Contribui na formação, na graduação dos profissionais de saúde e também no campo de pesquisa científica, que muito contribui para saúde pública do nosso país com a formação de novos profissionais especialistas. Nos últimos cinco anos entregamos para a sociedade mais de 200 especialistas na área da saúde”.
“A nossa contribuição vai desde o ensino de graduação até a pós-graduação. Passando também pela pesquisa científica. Além disso, temos o mestrado que contribui na formação de pós-graduandos, os quais depois vão atuar no ensino em saúde, na gestão em saúde, então a nossa contribuição para a sociedade na Santa Casa é ampla, incluindo os projetos de extensão que trazem benefícios à sociedade, como por exemplo o projeto ‘Santa Casa nas escolas’, que leva às escolas paraenses o preparo necessário para cumprir medidas de contribuição social”, enfatiza a diretora de Ensino Pesquisa e Extensão, da Santa Casa, Érica Cavalcante.
HISTÓRIA - A Fundação Santa Casa informa que a palavra hospital vem do latim ‘hospitalis’, e significa hospitalidade, acolhimento, portanto, o ambiente hospitalar foi criado para curar pessoas e diminuir dores e sofrimento. Acredita-se, porém, que o conceito de hospital espalhou-se pelo mundo a partir da expansão do cristianismo. Estes primeiros espaços de cura ofereciam abrigo e assistência tanto para os que se encontravam enfermos, como para aqueles que peregrinavam ou não tinham o que comer.
Daí em diante pode-se perceber uma mudança importantíssima no conceito de “espaço de cura” que se tinha até então: o hospital passou a ser um lugar mais humanístico e comunitário do que era antes. Em Belém, no Pará, a instituição teve origem em 1650 com a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, uma associação de pessoas leigas que praticavam a caridade aos enfermos no Pará.
Por mais de dois séculos a Irmandade construiu asilos, hospícios e cemitérios onde desenvolveu obras de caridade. Em 1808 agregou ao seu patrimônio o Hospital Senhor Bom Jesus do Pobres, construído por D. Frei Caetano Brandão em 1787 no Largo da Sé e no final do século XIX, quando o estabelecimento já não atendia às necessidades da população, começou a ser construído no bairro do Umarizal um novo prédio, inaugurado em 1900 com o nome de Hospital de Caridade da Santa Casa de Misericórdia do Pará.
Desde 1990, a instituição se tornou um órgão público que integra a administração indireta do Estado, a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA), que reúne cerca de 3 mil servidores e presta assistência em saúde para os brasileiros por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).