Profissionais do Galileu são treinados para atender vítimas em estado grave
Plano de catástrofe garante a segurança no atendimento e no transporte de várias vítimas de sinistros e acidentes
Como forma de preparar toda a equipe para atender vítimas de acidentes de grandes proporções, profissionais dos setores administrativo e assistencial do Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), na Grande Belém, são treinados para garantir a assistência e o transporte seguro desses pacientes. A iniciativa simula possíveis situações de atendimento de emergência de várias pessoas ao mesmo tempo, vítimas de inundações, incêndios, ciclones, deslizamentos, acidentes de trânsito e outros sinistros.
O exercício realista contou com voluntários que se passaram por vítimas sendo socorridas na unidade, e postas em macas e cadeiras de rodas. A simulação também seguiu todos os passos do protocolo adotado em caso de catástrofe: recebimento, triagem de pacientes, classificação de risco, transporte, identificação, acolhimento à família, solicitação de bolsas de sangue, acionamento do sistema de Regulação Estadual, até o acionamento da assessoria de imprensa para comunicados e informações públicas.
Foram separadas áreas do hospital com leitos e espaços de atendimento para simulação do atendimento. Setores como centro cirúrgico, banco de sangue, hotelaria, farmácia, segurança e comunicação foram notificados e preparados para a mobilização.
O Hospital Galileu é uma unidade do Governo do Estado referência em trauma ortopédico. “Temos um perfil de pacientes que vêm regulados. No entanto, a unidade não mantém porta aberta de urgência e emergência. Por isso, esse plano é tão essencial para termos toda uma equipe treinada para socorrer de forma segura e efetiva, caso haja necessidade. Estamos em um local de grande circulação e o nosso Estado é palco de grandes eventos, inclusive internacionais”, destacou Liliam Gomes, diretora-executiva do Galileu.
Segurança - A engenheira da Segurança do Janaina Leal Tuji explica que o plano de catástrofe, além de proteger os pacientes, também garante a segurança das equipes multiprofissionais de saúde. “Há treinamento de como orientar, realizar o transporte seguro de pacientes, tanto no acolhimento, quanto no referenciamento a outras unidades hospitalares”, disse a profissional que atende pela sede do Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (Issaa), organização que gere o HPEG, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
“O treinamento também garante a continuidade ao tratamento dos pacientes admitidos de acordo com nossas especialidades e dos pacientes que já se encontram sob cuidados na instituição. Ele visa confortar as famílias envolvidas e prover informações fidedignas e seguras sobre os acontecimentos”, detalhou Janaina.
O treinamento é uma iniciativa do NEAS – Núcleo de Educação Assistencial e envolve outros setores, como a Assistência e Segurança do Trabalho. A enfermeira Paula Jaredde reforça a importância do atendimento ao usuário.
“Foi simulado o atendimento para garantir o conhecimento dos colaboradores quanto às condutas adotadas frente uma provável ocorrência de catástrofe/desastre/incidente com múltiplas vítimas, garantindo um atendimento sistematizado, seguro e eficaz em nossa unidade”, apontou.
Perfil - O Hospital tem 104 leitos de internação e atua como retaguarda de outros hospitais do Estado com procedimentos operatórios em especialidades de ortopedia, alongamento ósseo, urologia, traqueo, e ainda, com um suporte em casos específicos de cirurgias vascular e gastrectomia endoscópica. Ele está localizado na avenida Mário Covas, na Grande Belém.
Texto: Roberta Paraense