Beneficiadora de couro planeja instalar duas indústrias no Pará
Em um cenário de crise econômica nacional, o Pará continua atraindo grandes investidores em diversos segmentos. Nesta segunda-feira (30), o governador Simão Jatene recebeu o presidente da Coming Indústria e Comércio de Couros Ltda., Emílio Carlos Bittar, para uma reunião no Palácio do Governo, em Belém. A empresa, que opera no ramo de curtimento, processamento e exportação de couros, pretende se instalar no Pará com duas frentes de processamento de subprodutos de origem animal.
O governador destacou o expressivo rebanho do Estado, que soma mais de 20 milhões de cabeças, e o couro de qualidade, pontos também compartilhados pelo empresário. “Já pensamos no Pará há muito anos, pois a matéria-prima daqui é muito boa, assim como o clima, entre outros aspectos. Hoje produzimos em território paraense apenas por meio de uma terceirizada, informou. “O futuro do Brasil está no Norte e nós estamos aqui também por isso”, argumentou, referendando a estabilidade do mercado regional e a solidez de investimentos.
A Coming possui sede em Trindade (GO) e trabalha com a produção de couros nos estágios wet blue, semi-acabado, raspas e acabados. O couro é destinado às indústrias de calçados, artefatos, estofamentos mobiliares e automotivos. A empresa se destaca no cenário mundial como uma das mais conceituadas indústrias no ramo de curtimento, processamento e exportação de couros. Também possui plantas industriais na Bahia, Espírito Santo e pequenos pontos de coleta e processamento em outros estados.
“Trabalhamos com subproduto animal: o couro, vísceras, ossos e sangue. Aquela matéria prima que poderia ser um problema para o meio ambiente é transformada em produtos nobres que são a base para a fabricação de rações, sabões e biodiesel. Também atuamos na área do subproduto do frango e do peixe, e sabemos que o Pará tem uma vocação boa nessas duas cadeias”, destacou o empresário Emílio Bittar.
A empresa planeja instalar duas fábricas no município de Santo Antônio do Tauá, onde serão processados subprodutos de frango e gado, além do couro bovino. “Com as duas empresas teremos condições de gerar 400 empregos diretos no início das atividades, antes da verticalização que pretendemos fazer”, finalizou Emílio Bittar.
O encontro também contou com a participação do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e de representantes das Secretarias de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) e da Fazenda (Sefa).