Referência em Oncologia, equipe multiprofissional prioriza humanização no atendimento
Os serviços oncológicos prestados pela instituição incluem consultas especializadas, cirurgias oncológicas, quimioterapia, radioterapia, anatomia patológica e exames de imagens
Natural de Itaituba, no oeste do Pará, Larissa Emanuela da Costa, de 9 anos, está em tratamento contra a leucemia no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, no oeste paraense e, com a ajuda da avó, Ana Maria de Almeida, a menina vem enfrentando a doença e as dificuldades da longa internação.
"Há seis meses que ela foi diagnosticada com leucemia mieloide aguda e estamos nessa luta. Nossa internação é muito longa por ter baixo peso e ser autista. Temos muitas dificuldades, mas o Hospital nos ajuda com muitos cuidados com ela, que necessita de plaquetas de sangue".
Assim como Larissa, outras pessoas recebem atendimento no HRBA, reconhecido como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), referência no atendimento oncológico na Região de Integração Baixo Amazonas e também atende pacientes de outras regiões e até de outros estados. No mês de maio, a unidade atendeu 52 pacientes com leucemia.
Os serviços oncológicos prestados pela instituição incluem consultas especializadas, cirurgias oncológicas, quimioterapia, radioterapia, anatomia patológica e exames de imagens, refletindo o compromisso da equipe em oferecer um cuidado abrangente e de qualidade aos pacientes.
“O HRBA segue como a unidade referência no tratamento oncológico para a região do Baixo Amazonas. De janeiro a maio deste ano já fizemos mais de 4 mil sessões de quimioterapia. São números significativos que demonstram o empenho de toda a equipe que se dedica a acolher esses pacientes e encaminhá-los para terem acesso aos serviços e cuidados necessários”, ressalta Matheus Coutinho, Diretor Geral do HRBA.
A rotina da equipe multiprofissional passa também pela humanização no atendimento e na conscientização de todos contra o câncer. Ao longo do mês de junho, médicos, enfermeiros, técnicos e demais funcionários estão desenvolvendo ações específicas no combate da leucemia. Dentro da programação do junho vermelho, é dedicado ao tema. Pacientes e acompanhantes estão recebendo orientações por meio de palestras e atividades que visam sensibilizar a população, promover esclarecimentos e garantir apoio a quem é acometido pela doença.
A leucemia é um câncer nas células sanguíneas da medula óssea, em sua maioria nos glóbulos brancos. Os principais sintomas decorrem do acúmulo de células defeituosas na medula, prejudicando, ou mesmo impedindo, a produção das células normais. A redução dos glóbulos brancos – que compõem o sistema imunológico – provoca baixa da imunidade, deixando o organismo mais sujeito a infecções, muitas vezes graves ou recorrentes.
A doença pode apresentar sintomas como a anemia, o que pode provocar palidez, fadiga, falta de ar, tonturas, palpitações, sonolência e dor de cabeça. Já a diminuição das plaquetas, agente da coagulação do sangue, pode causar sangramentos, em geral, das gengivas ou pelo nariz, além de manchas e pontos roxos na pele.
O tratamento consiste em quimioterapia, com ou sem radioterapia, e, principalmente nos casos de leucemia aguda, em transplante de medula óssea, tecido no qual são produzidos os elementos do sangue.
Doações de sangue
As leucemias acometem adultos e crianças, aumentando a necessidade destes pacientes receberem transfusões. Fábio Piccoli é oncologista pediátrico e faz o acompanhamento de pacientes de 03 a 17 anos. O médico explica a importância da doação de sangue e de que forma a solidariedade dos doadores ajuda quem tem leucemia.
“O tratamento contra a leucemia é agressivo e longo. Por conta da quimioterapia há uma paralisação da produção de sangue pela medula. Então, sempre após o ciclo de quimioterapia no paciente, observa-se uma queda na hemoglobina, nas plaquetas e o suporte é a transfusão de sangue e hemoderivados. Quem puder doar, doe sangue. É muito importante que a população toda se sensibilize porque, com um pouquinho de cada um, a gente pode ajudar no tratamento de muitos desses pacientes”, destaca Fábio.
Ana Maria reforça a importância da doação e faz um apelo aos doadores. “Pedimos aos doadores. Vocês que salvam vidas através da doação, vamos doar para salvar não só a Larissa, assim como outras vidas que estão dependendo destes doadores anônimos. Dependemos desta doação para que ela possa ter alta médica e sair do hospital”, conclui a avó da paciente.
Hospital Regional do Baixo Amazonas
O Hospital Regional do Baixo Amazonas é referência em média e alta complexidade para uma população de 1,4 milhão de habitantes, residentes em 29 municípios da região, e presta serviço 100% referenciado, atendendo à demanda originária da Central de Regulação do Estado.
A unidade, pertencente ao governo do Pará, é administrada pelo Instituto Social Mais Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Hospital fica na Avenida Sérgio Henn, nº 1.100, bairro Diamantino, em Santarém.