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Fundação Hemopa promove evento anual de conscientização sobre a doença falciforme

Programação contou com atividades interativas direcionadas para a comunidade de pacientes, familiares e acompanhantes 

Por Helen Alves (HEMOPA)
20/06/2024 08h04

A Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) realizou, na manhã da quarta-feira (19), a tradicional programação alusiva ao Dia Nacional de Conscientização Sobre a Doença Falciforme para promover a sensibilização quanto à doença, contando com um momento interativo de descontração entre os pacientes, familiares e cuidadores. O hemocentro paraense é referência no tratamento de doenças do sangue não oncológicas. 

A equipe multiprofissional da Fundação, por meio da Coordenadoria de Atendimento Ambulatorial (Coamb), desenvolveu as atividades referentes à programação que foi desde apresentações musicais, um espetáculo teatral intitulado “Maracá Encantado”, do Grupo Ayrumã, atividades coletivas até a apresentação das crianças do Atendimento Educacional Hospitalar e Domiciliar (AEHD). 

A coordenadora do ambulatório de pacientes do Hemopa, a médica hematologista, Saide Trindade, explica sobre a doença e a importância do diagnóstico ainda primeiros dias de vida. “A doença falciforme é uma anemia genética e hereditária crônica mais comum no mundo e no Brasil, que se caracteriza por uma alteração do formato dos glóbulos vermelhos do sangue que no lugar de células arredondadas, apresentam deformidade, parecidos com uma foice, daí o nome falciforme. O diagnóstico é feito por meio da triagem neonatal, lembrando que o teste do pezinho é realizado até 30º dia de vida de um bebê, sendo o ideal que a testagem ocorra do primeiro ao sétimo dia de vida do recém nascido, e então é dado o diagnóstico e encaminhamento da mãe e do bebê ao Hemopa, que segue com o tratamento ao longo da vida com medicamentos e transfusão de sangue". 

Jamile Cristina Carneiro foi diagnosticada com doença falciforme aos dois anos de idade. Ela é paciente do Hemopa há 20 anos. A mãe de Jamile, Ivete do Socorro, conta que o encaminhamento foi feito e logo depois os exames foram realizados para que Jamile pudesse dar início ao tratamento na Fundação. 

Aos 14 anos, Jamile sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e por conta disso sua capacidade de falar foi comprometida. Todos os anos mãe e filha vem até o Hemopa para celebrar a vida e aproveitar esse momento de descontração promovido pela Fundação. “Nós sempre participamos, o evento com os pacientes, as médicas, enfermeiras e assistentes sociais têm sido maravilhosos!”, comenta a mãe de Jamile. 

O evento foi um momento de confraternização e de acolhimento da equipe do Hemopa com os pacientes que recebem tratamento na instituição. O suporte sociopsicopedagógico é essencial para o desenvolvimento das políticas de humanização de atendimento ao paciente que tem como ponto central a criação de um ambiente mais acolhedor e favorável à recuperação.

A pedagoga da Gerência de Serviço Sociopsicopedagócico (Gespp), Joice Cunha, faz parte da equipe multiprofissional e está entre os colaboradores envolvidos no projeto, “Esse evento é de conscientização sobre o Dia Mundial da Doença Falciforme e também representa um momento em que a gente procura estreitar relações, trazer informações, fazer o acolhimento, identificar as necessidades de todos os nossos pacientes”, diz a servidora. 

Serviço:

O serviço de atendimento ambulatorial do Hemopa funciona de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 19h. O atendimento transfusional é ininterrupto.

Texto de Ascom / Hemopa, com informações de Beatriz Silva (estagiária)