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Semas destaca regularidade ambiental da cadeia produtiva do cacau no Pará em simpósio realizado em Altamira

Por Igor Nascimento (SEMAS)
14/06/2024 16h27

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) participou do III Simpósio sobre Sistemas Agroflorestais com Cacaueiro (SSAF-CACAU), realizado nos dias 12 e 13 de junho no município de Altamira, na região do Xingu. O evento é uma iniciativa da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC/SDI/MAPA), do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), da Sociedade Brasileira de Sistemas Agroflorestais (SBSAF), do Governo do Estado do Pará, através da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (SEDAP), e da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ).

O secretário adjunto de Gestão e Regularidade Ambiental da Semas, Rodolpho Zahluth Bastos, apresentou a palestra “Regulamentação Ambiental para Colheita de Espécies Florestais em Plantios de Cacau em SAFs, no Pará”. A palestra abordou as normas e procedimentos legais para a colheita de espécies florestais em Sistemas Agroflorestais (SAFs) integrados com plantios de cacau, enfatizando a legislação ambiental vigente, os procedimentos para obtenção de licenças, a importância dos SAFs para a sustentabilidade, e as iniciativas governamentais de apoio.

"Apresentei os dados sobre a regularidade ambiental da cadeia produtiva do cacau no Pará e destaquei os desafios e a importância da adequação ambiental dos imóveis rurais aos parâmetros do Código Florestal. Esta adequação é essencial para o desenvolvimento das políticas de crédito rural, a rastreabilidade da produção cacaueira e o fomento à restauração florestal por meio dos Sistemas Agroflorestais (SAFs)", afirmou Rodolpho Zahluth Bastos.

O evento reúne pesquisadores, professores, alunos de pós-graduação, produtores rurais, técnicos agropecuários e profissionais da indústria do cacau e chocolate. As apresentações e debates ressaltam a importância de manter um espaço de diálogo e compartilhamento de experiências técnico-científicas relacionadas aos SAFs com cacaueiro.

Líder nacional na produção de cacau, o Pará investe na verticalização do fruto para o transformar em subprodutos altamente rentáveis, como o chocolate, o que agrega valor à cadeia produtiva. O estado busca desenvolver uma economia baseada em baixas emissões de gases de efeito estufa.

O Pará é responsável por mais de 51,80% da produção nacional, com uma estimativa de produção para 2024 superior a 152 mil toneladas, segundo projeções do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2023, o estado produziu cerca de 150 mil toneladas de amêndoas de cacau, gerando um valor bruto de produção de R$ 2,4 bilhões.

A produção de cacau no Pará é predominantemente realizada em áreas degradadas, com cerca de 70% da produção proveniente de sistemas agroflorestais. Este método alia a preservação da floresta com a geração de emprego e renda, beneficiando principalmente agricultores familiares. O município de Medicilândia, na Região de Integração do Xingu, é o principal produtor de cacau no estado, seguido por Uruará, Anapu, Brasil Novo, Placas, Altamira, Vitória do Xingu, Senador José Porfírio, Tucumã e Pacajá.

O Pará se destaca não apenas pela quantidade, mas também pela eficiência na produção de cacau, com uma produtividade média de 977 Kg por hectare, quase o dobro da média nacional e superior à média mundial. Estes dados reforçam a importância estratégica do cacau para a economia paraense e a viabilidade de sua produção sustentável.

Texto: Antônio Darwich - Ascom Semas