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Sectet realiza aula prática da turma de Gestão de Turismo Sustentável do “Capacita COP 30”

O curso teve duração de 40 horas distribuídas em um mês de aulas. A turma deverá ser certificada oficialmente com o Selo COP 30

Por Raiana Coelho (SECTET)
14/06/2024 14h59

Foi dentro do cenário do Parque Estadual do Utinga, em Belém, que cerca de vinte alunos da turma de Gestão de Turismo Sustentável, do Programa Capacita COP 30, gerenciado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), tiveram, na manhã desta sexta-feira (14), uma aula prática sobre turismo e sustentabilidade. A atividade contou com uma palestra do gerente da unidade de conservação, Júlio Meyer, e uma trilha conduzida pelos monitores do espaço.

“A nossa dinâmica hoje é enfatizar o nosso conteúdo didático, que se refere ao turismo sustentável. Acreditamos que essa atividade prática dentro da Unidade de Conservação do Parque do Utinga vai expandir os horizontes deles para que possam entender tudo o que nós tínhamos previsto nas nossas matrizes e para que eles saibam, na prática, o que significa uma unidade de conservação, uma área de proteção ambiental, enfim, a sustentabilidade dentro de um ecoturismo, por exemplo”, acredita Jackson Tavares, professor do curso. 

O curso teve duração de 40 horas distribuídas em um mês de aulas. A turma deverá ser certificada oficialmente com o Selo COP 30, carimbo que dará prioridade aos participantes das capacitações oferecidas pelo programa, em relação às oportunidades de emprego que deverão surgir com a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025

Arthur Perdigão é aluno do curso e, apesar de já possuir formação acadêmica em turismo, reconhece a importância e necessidade dessa iniciativa. “Esse curso está sendo muito importante porque tem ajudado a gente a condensar um conteúdo que eu já tinha estudado na universidade. Já trabalho com eventos, mas (o curso) está criando uma conscientização na gente, que é daqui da cidade, a aprender a fazer a gestão desse turismo sustentável. Além de trazer esse legado que a COP 30 vai deixar, que é a consciência de que a gente tem um produto turístico muito forte”.

“É muito gratificante quando a gente está participando do processo desde o início, desde quando nós imaginávamos que se fazia necessária uma qualificação ampla dos serviços que o evento vai necessitar, mas é importante também falar que o Programa Capacita COP 30 não trata só do evento da COP, ele vai deixar um legado de excelência de serviços para o Estado. É muito bom saber que nós tivemos público abraçando nossa iniciativa, temos mais 12 mil inscrições reservas esperando as novas ofertas, as novas turmas. Então, no segundo semestre e no próximo ano esse programa só tem a expandir cada vez mais”, disse Andrey Rabelo, coordenador do Programa Capacita COP 30.

Andrey também contou que, nessa primeira fase do programa, serão realizadas cerca de 1.300 certificações - 500 concedidas só pela Sectet -, que devem ocorrer na segunda semana do mês de julho. Ao todo foram montadas pela secretaria 17 turmas com 67 cursos entre os temas inglês, turismo sustentável e pequenos reparos e instalações elétricas em casas e obras, abrangendo os eixos de formação: turismo, hospitalidade e lazer, infraestrutura, produção alimentícia e segurança. 

A holandesa Katja Hölldampf mora em Belém há seis anos e trabalha na Cidade das Mangueiras como professora de língua estrangeira. Ela soube do curso e decidiu se inscrever. Para ela, há outros pontos muito essenciais a serem levados em consideração e que fazem a iniciativa ainda mais relevante e necessária.

“Eu acho que as pessoas daqui já têm uma grande receptividade, mas é importante também aprender na prática como montar roteiros e trabalhar em grupo. Eu acho muito importante não só capacitar, mas também conectar as pessoas nesses preparatórios para a COP 30. Eu estou percebendo que as pessoas estão passando uma semana aqui e acreditam que é viável conhecer a Amazônia toda, mas a Amazônia não é só um bioma muito diverso, são culturas muito diversas que habitam essa grande área. É muito difícil entender essa grandeza e diversidade. Eu tive a oportunidade de viajar um pouco e percebi que não se conhece nem metade de tudo que tem.”

Júlio Meyer, gerente do Parque Estadual do Utinga, afirma que o local é um dos lugares mais importantes atualmente quando se fala sobre a COP 30 e, por isso, qualificar a informação é imprescindível. “Esse tipo de iniciativa que a secretaria está tendo é fundamental para garantir que as pessoas tenham informação de qualidade para poder compartilhar durante a COP30. O Parque do Utinga é certamente um dos equipamentos do Estado mais importante nesse momento, é o que tem o maior poder de absorver as pessoas aqui dentro e emergi-las na floresta de forma mais rápida e com o melhor acesso, então, ter informação sobre esse espaço aqui é importantíssimo para garantir que as pessoas que cheguem aqui tenham a melhor qualidade de experiência possível”.