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Representantes de comunidades indígenas participam de simpósio agroflorestal e do Chocolat Xingu

Objetivo é de buscar mais conhecimento e aprimorar a produção dessas comunidades

Por Rose Barbosa (SEDAP)
13/06/2024 14h16

Com cerca de 300 indígenas divididos em sete aldeias, entre as quais a Itaaka e Kwatinema, os representantes da etnia Assurini, situada no município de Altamira – região sudoeste do Pará – estarão participando do III Simpósio sobre Sistemas Agroflorestais com Cacaueiro e da  terceira edição do Festival Internacional do Chocolate e do Cacau – Chocolat Xingu, que será realizada a partir desta quinta-feira (13), no Centro de Eventos do município.

Além de apresentar o cacau orgânico produzido na comunidade Assuruni, os indígenas também estão em busca de conhecimento para aprender a produzir um trabalho cada vez com melhor qualidade. É o que informou o cacique Kwaí Assurini, da aldeia Itaaka. Ele disse que pela primeira vez participa do simpósio, que é a programação que antecede a realização do Chocolat Xingu. O simpósio foi aberto na manhã da quarta-feira (12) e se estende até a tarde desta quinta-feira, um pouco antes da abertura oficial do festival, prevista para às 19h. 

Para o cacique, a participação no simpósio e no festival em si é uma maneira dos povos indígenas buscarem mais conhecimento e divulgar o seu trabalho. “É a primeira vez que eu fui convidado para participar desse simpósio, então a expectativa é muito grande porque a gente já trabalha com isso, a gente planta cacau, banana, macaxeira, a gente tem muito produto, então acredito que nesse evento vamos poder estar divulgando e também adquirindo mais conhecimento para aprimorar o nosso trabalho”. 

O cacique ressaltou que o a cacau cultivado no Assurini é livre de agrotóxico, assim como as demais culturas trabalhadas no espaço. Isso é a tônica do trabalho que o público poderá conferir durante a realização do festival.

“Nossos produtos são todos orgânicos e isso faz toda a diferença, temos mais de 5 mil pés de cacau já produzidos na nossa aldeia. A nossa expectativa para participar do festival é muito boa; com certeza vai nos ajudar a ampliar a nossa produção”,  afirmou Kwaí Assurini.

Sustentável - A sustentabilidade é muito importante na produção cacaueira e incentivada pelo Governo do Estado por meio dos diversos programas e ações desempenhadas pela Sedap, como observou a coordenadora do Chocolat Xingu pela Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Dulcimar Melo. Ela anunciou que o tema será amplamente debatido durante a programação.

No dia 14, durante o Fórum da Cacauicultura da Transamazônica e Xingu, um dos temas apresentados será “Território sustentável e a diversidade econômica nas comunidades tradicionais dos municípios paraenses”.

De acordo com a coordenadora, a exemplo das edições anteriores, a próxima terá um espaço voltado especificamente à população indígena. “Será uma experiência muito boa para o público, o festival celebra a diversidade, os nossos sabores, sobretudo aqui na região do Xingu e da Transamazônica”, ressaltou.